"O regime caiu no fundo. Se a demissão de João Galamba era insuficiente - a manutenção no cargo pelo primeiro-ministro significa a desconsideração de mínimos de ética na política", considerou Nuno Melo na noite desta terça-feira.
Após António Costa anunciar que não aceita a demissão de João Galamba, o presidente do CDS afirma, numa publicação na rede social Twitter, que "a conjuntura da governação está pior do que antes, num pântano que se adensa".
"A repetição permanente de casos e a total ausência de estatura e sentido de Estado de governantes degrada e mina perigosamente a credibilidade das instituições democráticas", pode ler-se.
Para Nuno Melo, "afrontando o Presidente da República, desvalorizando as preocupações de Belém e a percepção geral do país, o primeiro-ministro coloca o governo num plano insustentável".
Por fim, o eurodeputado assevera que o CDS encontra hoje "razões acrescidas" para reafirmar o pedido de dissolução da Assembleia da República e a realização de eleições antecipadas.
O regime caiu no fundo. Se a demissão de João Galamba era insuficiente - a manutenção no cargo pelo primeiro-ministro significa a desconsideração de mínimos de ética na política 1/4
— Nuno Melo (@NunoMeloCDS) May 2, 2023
Recorde-se que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que não aceita o pedido de demissão de João Galamba do cargo de ministro das Infraestruturas.
"Trata-se de um gesto nobre que eu respeito, mas que em consciência não posso aceitar", declarou António Costa aos jornalistas, na residência oficial de São Bento, em Lisboa.
Antes, ao falar sobre o "deplorável incidente de natureza excecional" que envolve o ministro das Infraestruturas, Costa pediu "desculpas aos portugueses" em nome do Governo.
Na ótica do primeiro-ministro, não é "imputável" qualquer falha a João Galamba no incidente que envolve o ex-adjunto Frederico Pinheiro.
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