"Que se lixe Portugal". Evocando Passos, Abreu Amorim atira farpa a Costa
O social democrata urgiu ainda o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a tomar uma posição, após ter passado sete anos com Costa "ao colo".
© Global Imagens
Política Carlos Abreu Amorim
No rescaldo da decisão tomada pelo primeiro-ministro, António Costa, que recusou a demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba, na terça-feira, o antigo deputado do Partido Social Democrata (PSD), Carlos Abreu Amorim, considerou, esta quarta-feira, que o chefe do Governo escolheu salvar-se a si mesmo e aos seus, em prol do poder. "Que se lixe Portugal", acusou, evocando o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
"Há 10 anos um primeiro-ministro disse: ‘Para salvar o país que se lixem as eleições. O que importa é Portugal’. Ontem, António Costa pensou: ‘Para me salvar a mim e aos meus desta trapalhada (e da Comissão Parlamentar de Inquérito [CPI] da TAP) que se lixe Portugal. O que importa é o poder’", atirou, através da rede social Facebook.
O social democrata urgiu ainda o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a tomar uma posição, após ter passado sete anos com Costa "ao colo".
"Veremos se Marcelo Rebelo de Sousa, depois de ter andado sete anos com Costa ao colo, percebe o que é ser Presidente da República (em vez de cair na Vichyssoise parte II)", disse, referindo-se à famosa história da vichyssoise, a sopa fria que o chefe de Estado teria comido num suposto jantar que não aconteceu, alegadamente para enganar Paulo Portas, então diretor do ‘Independente’.
Em causa está a ‘salvação’ de João Galamba, cujo pedido de demissão foi recusado por António Costa, que optou por remar "contra a maré" – chocando mesmo com a posição de Marcelo Rebelo de Sousa.
Recorde-se ainda que a polémica 'estalou' com demissão do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, Frederico Pinheiro, que acusou o responsável de "querer mentir" à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à gestão da TAP sobre a existência de notas de uma reunião entre membros do Governo, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista (GPPS) e a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, antes da audição da mesma no Parlamento.
Após a exoneração, Frederico Pinheiro ter-se-á dirigido às instalações do Ministério, em Lisboa, "procurando levar o computador de serviço" com informações classificadas, "recorrendo à violência junto de uma chefe de gabinete e de uma assessora".
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