O CDS-PP reagiu, esta quinta-feira, às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa a propósito da decisão de António Costa de negar o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba, referindo que "concorda com a análise do Senhor Presidente da Republica sobre o fracasso da governação do PS, mas discorda frontalmente das conclusões retiradas a propósito da grave crise que Portugal atravessa".
Nas palavras de Nuno Melo, presidente do partido, num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, "manter-se o atual quadro político perpetua um Governo diminuído e fragiliza o papel do Presidente da República".
"A decisão do primeiro-ministro, mantendo João Galamba à frente do ministério das Infraestruturas, somado a tantos outros problemas noutros ministérios, significa que para António Costa a credibilidade no Governo deixa de ser critério", denota.
"'Habituem-se', foi o que o primeiro-ministro quis transmitir aos portugueses", elucida Nuno Melo, exemplificando: "Habituem-se aos casos, aos escândalos, ao nepotismo, à ausência de estatura e sentido de Estado de governantes socialistas, porque para o PS esse é o novo normal". "No CDS não nos habituamos", atira ainda.
Na ótica do partido, "o Presidente da República permite que se instale uma ideia equivoca de que deixou de conseguir garantir um funcionamento normal das instituições democráticas".
Reforçando "o que tem defendido desde dezembro de 2022", o CDS defende que "o Parlamento deveria ter sido dissolvido e a palavra devolvida aos eleitores, para que se pudesse ultrapassar uma crise política gravíssima".
"O país precisa de um novo ciclo político que dê esperança aos portugueses", afinca na mesma nota.
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