"<span class="news_bold">Quero corroborar o que disse o Presidente da República, acredito muito no futuro de Portugal. Tenho esperança de que seremos capazes de gerar mais oportunidades, de criar mais riqueza e fixar os nossos jovens", afirmou Luís Montenegro.
Em declarações aos jornalistas, Montenegro recusou falar das cartas trocadas com o primeiro-ministro, António Costa, e do ministro das Infraestruturas, João Galamba, que na chegada à cerimónia foi vaiado pelos populares, dizendo apenas querer falar dos "temas muito importantes" do país.
"Hoje, quero dizer que vale a pena acreditar em Portugal. O país pode e deve saber que o PSD não desiste de Portugal. O líder do PSD quer ser primeiro-ministro, mas não é para preencher nenhum capricho, é para dar mais desenvolvimento ao país", referiu, recusando estar a "colocar de lado" os "casos" que tem marcado a agenda política.
"Uma coisa é falarmos desses casos, outra coisa, é falarmos só desses casos. Eu falo desses casos, merecem um tratamento político, nos órgãos de soberania e na atividade dos partidos políticos e não me vou eximir a isso. Não quero é que os portugueses possam algum dia pensar que é apenas isso que me preocupa", disse.
Destacando que lhe "preocupa mais do que tudo" o futuro do país, Montenegro defendeu a importância das políticas públicas de coesão.
"Não acordei para isto hoje. Há muitos anos que tenho sido insistente na defesa das políticas públicas de coesão do território, nas políticas públicas que possam discriminar positivamente os territórios de baixa densidade e nas políticas públicas que possam abrir esperança aos jovens", observou.
Dando como exemplo a região do Douro e o seu "enormíssimo potencial", o presidente do PSD recorreu, à semelhança, do Presidente da República, ao trabalho agrícola para criticar "o poder centralista de Lisboa" que não investe nos territórios do interior e de baixa densidade populacional.
"Temos de semear para colher, como os agricultores fazem. É preciso semear, trabalhar a terra e depois colher. Mas quem não semear e quem não trabalhar a terra, não vai colher depois. Nós temos de tratar da nossa colheita, mas para isso temos de semear a coesão do país", disse.
Questionado se esse cultivo tinha também de ser feito no Governo, Montenegro concordou: "Naturalmente".
"Vir cá é uma boa forma de compreender que o futuro de Portugal passa muito por termos capacidade de ter politicas geradoras de maior coesão, quer social, quer territorial, quer geracional", acrescentou.
Dizendo ser "acusado injustamente" de não apresentar linhas de orientação política para o país, Montenegro destacou ainda o processo de revisão constitucional e o principio de coesão territorial e geracional.
"Ocupar o território, aproveitar o potencial humano e natural que o país tem e ter capacidade de fixar os nossos jovens é um desígnio a que ninguém pode falhar", disse, considerando que o país tem pela frente "uma tarefa gigante" de enfrentar o "definhamento demográfico".
[Notícia atualizada às 14h06]
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