Eleições em Espanha. "É o imbróglio que os eleitores quiseram"
Paulo Portas analisou as legislativas espanholas, que aconteceram no domingo. O centrista não descarta a hipótese haver uma repetição das eleições.
© Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens
Política Espanha
O antigo líder do CDS - Partido Popular Paulo Portas comentou, na segunda-feira, os resultados das eleições legislativas espanholas, que decorreram no domingo, e resultaram num impasse para o país, dado que não houve maioria absoluta.
"É no mínimo um imbróglio – mas é o imbróglio que os eleitores quiseram", considerou, na sua análise no Jornal Nacional da TVI.
"O PP era o 2.º partido, passou a ser o primeiro […]. Subiu 47 deputados. Desse ponto de vista, é um resultado francamente bom para o atual líder do partido, Alberto Núñes Feijóo – galego, presidente da Galiza durante 20 anos", referiu.
O centrista apontou ainda que, "contra as projeções", o partido socialista espanhol teve um "resultado melhor do que as expectativas".
"Como a política se baseia por um lado nos factos, por outro nas percepções, é evidente que o PP sobe muito e é o vencedor indiscutido das eleições, mas não sobe tanto quanto precisava para poder governar à vontade. O PSOE tinha uma percepção nas projeções e na opinião pública de que tinha terminado um ciclo, de que baixaria alguma coisa, mas aguenta", detalha.
Quanto aos socialistas, Portas aponta que o facto de terem agora mais dois deputados "é irrelevante". "O que já não é irrelevante é que as projeções davam ao partido socialista cerca de 28% dos votos e na contagem ele aparece com mais 3% dos votos. Portanto, passou acima dos 30%", contabilizou.
O comentador sublinhou ainda que enquanto o líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, "ganha", o PSOE "renasce".
"Feijóo tem uma opção para poder governar. Sanchéz tem mais [opções], mas ao mesmo tem problemas muito sérios", defendeu. "Não é de afastar a hipótese de uma repetição de eleições", rematou.
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