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Fogos? "Não há operacionalização das medidas propostas"

PSD considera, após audição do presidente da AGIF, que "políticas públicas de prevenção de incêndios florestais têm sido um fracasso por falta de execução do Governo".

Fogos? "Não há operacionalização das medidas propostas"
Notícias ao Minuto

17:28 - 28/07/23 por Notícias ao Minuto

Política PSD

O grupo parlamentar do Partido Social Democrata (PSD) defendeu, esta sexta-feira, que os estudos sobre os incêndios florestais não saem do "papel para o terreno" e considerou que a "inação do Governo" precisa de ser "urgentemente revertida para que se operacionalizem verdadeiras políticas florestais através da gestão e da prevenção de incêndios rurais".

Esta declaração surge em comentário às declarações do presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), na comissão parlamentar de Agricultura e Pescas, onde foi ouvido, ontem, a propósito do relatório de atividades do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais de 2022.

"A audição parlamentar de 27 de julho de 2023 do presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Tiago Oliveira, comprova que o diagnóstico da floresta e das causas dos incêndios florestais estão elaborados de forma exaustiva e séria, mas que não há operacionalização das medidas propostas", começa por ler-se num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.

O PSD entende que, em sede de comissão parlamentar, os especialistas denunciaram "a inação do Governo e a incapacidade do executivo socialista de implementar políticas florestais adequadas ao território".

"Para os deputados do PSD estas afirmações revelam que as políticas públicas de prevenção de incêndios florestais têm sido um fracasso por falta de execução do Governo do Partido Socialista (PS). Mais, considera o PSD que perante os últimos acontecimentos, por toda a Europa, a inação do Governo PS precisa de ser urgentemente revertida para que se operacionalizem verdadeiras políticas florestais através da gestão e da prevenção de incêndios rurais", refere a mesma nota.

Os sociais-democratas destacaram ainda que as afirmações de Tiago Oliveira "vêm corroborar a tese do ex-presidente da FlorestGal ao denunciar que a preparação da 'época de incêndios' não passou do papel para o terreno". "O ex-responsável da FlorestGal acabou por ser demitido", lembraram, numa referência a Rui Gonçalves, que deixou  a empresa pública de gestão florestal em outubro do ano passado, já depois de, em setembro, ter escrito um artigo de opinião no qual teceu várias críticas ao sistema.

Ontem, na Assembleia da República, o presidente da AGIF apelou aos deputados para que "saiam da discussão dos meios aéreos" e "do eucalipto", considerando que estas questões não resolvem o problema dos incêndios florestais.

"O discurso político de culpabilizar o eucalipto, na minha opinião, está completamente errado, o discurso político de dizer que isto se resolve com mais meios aéreos também está errado, porque sabemos que os meios aéreos não resolvem, encarecem. O fogo resolve-se no chão com as enxadas", frisou.

Disse também que há municípios "a gastar meio milhão de euros, uma barbaridade de dinheiro nos bombeiros, quando não gastam dinheiro a gerir a floresta", sendo necessário balancear a prevenção e o combate, e admitiu que ainda existem "incómodos" no país.

"Há um conjunto de resistências de natureza política, de distribuição de poder, de não cumprimento de procedimento de poderes, de dinheiros não verificados que têm de ser escalpelizados", afirmou.

Leia Também: Bombeiros contrariam presidente de agência e exigem pedido de desculpas

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