Caso Jéssica. "Maior justiça é garantir que não voltamos a falhar"
A líder do PAN referiu sublinhou que a proteção das crianças tem de ser uma "verdadeira prioridade para o Estado" e que isso implica, entre investimento e mudanças, "não fechar os olhos aos sinais e desvalorizar os testemunhos das crianças".
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Política Caso Jéssica
A líder do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês de Sousa Real, comentou, esta terça-feira, a condenação de quatro dos cinco arguidos no caso Jéssica a 25 anos de prisão por homicídio.
"Foi conhecido hoje o acórdão do caso Jéssica: quatro dos cinco arguidos, incluindo a mãe, foram condenados a 25 de anos de prisão por homicídio, a pena máxima que poderia ser aplicada, sem aplicação que quaisquer atenuantes", começou por escrever a responsável numa publicação partilhada na rede social Twitter.
Sousa Real notou que "nada retira o que sofreu a pequena Jéssica", a criança de três anos que morreu em junho de 2022, na sequência de maus-tratos infligidos ao cuidado de uma alegada ama, com quem esteve durante cinco dias. Durante esse período, a menina permaneceu na casa da mulher, e segundo o tribunal, foi exposta a várias substâncias, entre as quais cocaína, metadona e paracetamol.
Nada retira o que sofreu a pequena Jéssica. Mas não passaram impunes.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) August 1, 2023
Mas a maior justiça que podemos fazer a esta menina é garantir que não voltamos a falhar enquanto sociedade, que não falhamos a menores que são sinalizados como estando em perigo e em que nada é feito.
Sublinhando que os envolvidos na situação "não passaram impunes", a líder do PAN rematou: "Mas a maior justiça que podemos fazer a esta menina é garantir que não voltamos a falhar enquanto sociedade, que não falhamos a menores que são sinalizados como estando em perigo e em que nada é feito".
A deputada única apontou ainda que a proteção das crianças tem de ser uma "verdadeira prioridade para o Estado", acrescentando que fazer isso significa que haja meios, investimento, assim como "mudar o funcionamento das CPCJs [Comissões de Proteção de Crianças e Jovens]". "Implica, nestes como em outros, crimes não fechar os olhos aos sinais e não desvalorizar os testemunhas das crianças", finalizou.
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