Conhecer documento enviado ao FMI era exigência "normal"
O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse hoje ao primeiro-ministro que se o Governo tivesse partilhado o conteúdo da carta enviada ao FMI os socialistas teriam parado uma exigência "normal" de conhecer documentos que "comprometem o Estado".
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Política António José Seguro
"Se tivesse partilhado com o PS o conteúdo dessa carta, pode ter a certeza que se o tivesse feito, o PS tinha parado ali uma exigência que em democracia devia ser uma coisa normal, divulgar os documentos que comprometem o Estado português", disse Seguro, dirigindo-se a Pedro Passos Coelho no parlamento.
Antes, o primeiro-ministro havia acusado o PS de ter feito uma campanha de "terror" em torno da carta do Governo ao FMI para retirar dividendos políticos em período eleitoral, estando agora em silêncio após a divulgação dessa missiva.
António José Seguro disse ao primeiro-ministro que com o Governo atual "todo o cuidado é pouco".
"E por isso não podíamos ficar descansados nem podíamos ficar despreocupados", sustentou, logo reforçado: "Pedimos, exigimos, aquilo que em democracia é normal e natural: mostre a carta".
Na sua última intervenção no debate direto com o líder socialista, o primeiro-ministro recebeu uma prolongada salva de palmas das bancadas do PSD e CDS, quando acusou Seguro de ter "muita lata" ao sustentar que é necessária uma atitude de prudência sobre a herança que o próximo Governo receberá em relação ao Estado do país.
"Para quem deixou o país à beira da bancarrota, é preciso ter muita lata e muita audácia para fazer uma afirmação dessas", declarou Pedro Passos Coelho, antes de atacar a campanha que os socialistas fizeram nas últimas semanas em torno da carta de compromissos que o Governo endereçou ao FMI.
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