Apoio dos EUA? "Tenho pena que as munições sejam de urânio empobrecido"

O ex-responsável pela Defesa Azeredo Lopes falou da visita "importante" de Blinken, que serviu para clarificar que os EUA vão apoiar a Ucrânia até depois de o conflito acabar.

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© Ministério da Defesa

Notícias ao Minuto
07/09/2023 11:17 ‧ 07/09/2023 por Notícias ao Minuto

Política

Guerra na Ucrânia

O ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes comentou, esta quinta-feira, a situação na Ucrânia, onde ontem um ataque em Donetsk matou 17 pessoas e feriu mais de 30.

O ataque, um dos mais mortíferos dos últimos tempos no âmbito deste conflito, aconteceu no mesmo dia que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, visitou Kyiv de surpresa. Questionado sobre o 'timing' desta ataque na CNN Portugal, o antigo responsável político respondeu: "Sim, embora eu tenha cada vez mais cuidado em fazer associações entre visitas e ataques porque, infelizmente, como acontecem sempre ataques, a certa altura acabo por ter alguma dificuldade em estabelecer uma qualquer razão de ser entre um facto e outro".

Posto isto, Azeredo Lopes referiu que a visita de Blinken "foi importante", dado que deixou uma mensagem para o futuro: "Ele diz que vai dotar a Ucrânia de capacidades de dissuasão, que só pode acontecer quando o conflito acabar".

O comentador refere que esta mensagem "faz aquilo" que era o esperado após a cimeira da NATO em Vilnius, na Lituânia, as chamadas "garantias de segurança". Falou no pacote anunciado pelos EUA ontem, no valor de mil milhões de dólares, classificando-o como "forte". "Desses 930 milhões de euros, 175 milhões de munições. Tenho é pena que essas munições sejam de urânio empobrecido", explicou.

Por outro lado, Azeredo Lopes destacou também que "a não ser que se faça uma prova cabal de que aquele ataque [em Donetsk] tenha como objetivo um alvo militar", assistiu-se a mais uma violação no conflito armados. "Assistimos mais uma vez uma grosseira violação do direito dos conflitos armados", descreveu.

Azeredo Lopes apontou que a situação fez perceber, no fundo, "a forma como os principais militares norte-americanos que coordenam o apoio à Ucrânia pensavam e a forma como a Ucrânia estava  a executar a sua contraofensiva".

"Este sinal é um sinal da administração, que vem dizer: 'Independente de dúvidas sobre o teatro de operações ou a forma como a Ucrânia está a conduzir as suas ações, podem contar connosco'".

Leia Também: As imagens da destruição provocada por míssil russo em Donetsk

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