Madeira. RIR defende fiscalização apertada aos "rios de dinheiro" do PRR
O cabeça de lista do RIR às legislativas da Madeira, Roberto Vieira, alertou hoje para a importância de se fiscalizar os "rios de dinheiro" do Plano de Recuperação e Resiliência, salientando que "muitas vezes quem manda não percebe de obras".
© Divulgação/ RIR Madeira
Política Madeira
"Todos nós sabemos que no Governo Regional [de coligação PSD/CDS-PP], nas câmaras municipais, muitas vezes quem manda não percebe de obras e aquilo que os empreiteiros pedem é pago. Pode ser uma obra de 500 mil e eles pedem um milhão", advertiu, defendendo que o dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) "tem de ser muito bem fiscalizado".
Roberto Vieira falava numa ação de campanha da candidatura do RIR às eleições de 24 de setembro, no Bairro da Ribeira Grande, na freguesia do Santo António, no Funchal, um complexo de habitação social gerido pela autarquia funchalense.
"Nós entendemos que hoje, com os rios de dinheiro que correm com o PRR para recuperar estas casas e para construir novas, que haja efetivamente uma aposta na construção das casas e na reabilitação por fora e por dentro. Não é só pôr bonitinho por fora e por dentro ficar por requalificar", disse.
O candidato do partido Reagir Incluir Reciclar (RIR) alertou, por outro lado, para a necessidade de haver mais fiscalização no processo de atribuição de habitação social, afirmando conhecer casos em que foram entregues apartamentos T2 a pessoas que viviam sozinhas, quando "há famílias com filhos que continuam em lista de espera".
"Precisamos de um deputado do partido RIR, ou até de outros partidos mais pequenos, no parlamento para poder denunciar e fiscalizar estas coisas", declarou Roberto Vieira, que é professor do primeiro ciclo e foi responsável pela instalação do partido no arquipélago.
O cabeça de lista alertou também para casos de pessoas que adquiriram os fogos de habitação social onde residiam e depois venderam-nos por um valor "cinco ou seis vezes" superior.
"A habitação social não pode ser vendida. Quem deixa de precisar de habitação social entrega essa casa a outra família que está em lista de espera. É isto que nós entendemos e é isto que vamos reivindicar em relação à habitação social", disse.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
O RIR apresentou-se pela primeira vez ao eleitorado madeirense nas regionais de 2019, também com Roberto Vieira como cabeça de lista, tendo obtido 1.739 votos (1,21%).
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