Em comunicado, o Partido Ecologista Os Verdes (PEV) diz regozijar-se "com o reforço da CDU nas eleições legislativas da Madeira", salientando que a coligação que integra com o PCP "cresceu perto de 50% no número de votos e confirma a eleição de um deputado para a Assembleia Legislativa Regional".
"Esta eleição deve-se, sem dúvida, ao reconhecimento do trabalho desenvolvido pela CDU, sempre junto das populações, em prol de uma justiça social e ambiental", lê-se.
Para o PEV, "o mérito da CDU é tanto maior, porquanto esta força política foi sobremaneira e intoleravelmente discriminada e silenciada, durante a campanha eleitoral, por órgãos de comunicação social de âmbito nacional".
O PEV defende ainda que, durante a campanha eleitoral, o PSD e o CDS violaram "as regras mais básicas da democracia", o que consideram ter sido prejudicial para a democracia.
"Não obstante esse facto, o PSD/CDS perdeu a maioria absoluta, o que prova que o descontentamento das populações em relação às políticas prosseguidas é real", refere-se.
O PEV indica que a CDU vai continuar "empenhada no trabalho pelo desenvolvimento regional sustentável e continuará a fazer a diferença na luta diária ao lado das populações, para gerar mais justiça social e para preservar a natureza".
"Os Verdes mantêm esse compromisso com as populações", conclui o comunicado.
A CDU elegeu um deputado para a Assembleia Legislativa da Madeira nas eleições deste domingo, mantendo a representação que tinha desde 2019, mas conseguiu mais votos, 3.677, cerca de 2,7%. Em 2019, obteve 2.577 votos.
As eleições foram ganhas pela coligação PSD/CDS-PP que, no entanto, falhou por um deputado a maioria absoluta, segundo dados oficiais provisórios.
De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas e os centristas obtiveram 43,13% dos votos e 23 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.
Há quatro anos, o PSD elegeu 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinha desde 1976, e formou um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados).
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