João Gomes Cravinho aproveitou a "oportunidade" de estar perante os jornalistas portugueses na X Cimeira dos Países do Sul da União União Europeia, que se realiza esta sexta-feira em Malta, para reiterar o que já tinha dito num comunicado enviado às redações de que não está ligado a nenhum alegado caso de corrupção, investigado no âmbito da operação Tempestade Perfeita.
"Aproveito a oportunidade para repudiar de forma absolutamente inequívoca aquilo que é sugerido pelo Expresso", salientou, acrescentando, que mantém as "palavras" que anteriormente disse em diversos momentos públicos, como o chegou a fazer na Assembleia da República
"As minhas palavras dessa altura mantêm-se. Sei aquilo que fiz e disse e reitero aquilo que disse em diversos momentos públicos", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Questionado sobre a possibilidade de sair do cargo, após o Expresso ter noticiado que foi implicado na operação Tempestade Perfeita por um membro da rede de corrupção do seu antigo ministério, Cravinho garante que as condições que tinha antes da manchete do jornal são as mesmas que tem neste momento.
"As condições são exatamente as mesmas", atirou.
Recorde-se que o ministro dos Negócios Estrangeiros e antigo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, foi, segundo o jornal Expresso, implicado na operação Tempestade Perfeita por Paulo Branco, um dos acusados pelos crimes de corrupção e branqueamento.
O membro da rede de corrupção do seu antigo ministério acusa-o de ter "acertado contas" com o ex-secretário de Estado Marco Capitão Ferreira através de um contrato de assessoria para o compensar pelos trabalhos realizados numa "comissioni fantasmi" a funcionar no seu gabinete.
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