PCP sugere Ermesinde na proposta da CP para reabrir Linha de Leixões

O PCP sugeriu hoje incluir Ermesinde, em Valongo, na proposta da CP para reabrir a Linha de Leixões, que serve como circular do Porto e cuja reabertura poderia retirar 20% de automóveis da estrada nas áreas circundantes.

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Lusa
06/10/2023 17:57 ‧ 06/10/2023 por Lusa

Política

PCP

"Precisamos da reabertura da Linha de Leixões com um serviço também a Ermesinde [concelho de Valongo, distrito do Porto], que não é garantido na proposta da CP", disse hoje aos jornalistas, Jaime Toga, membro da Comissão Política do Comité Central do PCP.

Em conferência de imprensa no Porto, o dirigente do PCP recordou que Valongo é "o único concelho do Grande Porto que não tem metro, nem tem que ter, desde que tenha respostas nos outros transportes públicos que respondam às necessidades do concelho".

"A reativação da Linha de Leixões com serviço a Ermesinde era fundamental para servir melhor as populações, para servir várias dezenas de milhares de pessoas que se movimentam de e para o Porto, diariamente, a partir de Ermesinde", defendeu.

No entender do responsável, "o serviço de autocarro que hoje [as populações] têm é insuficiente", pelo que "a Linha de Leixões tinha de acrescentar a isso".

Como foi apresentada, a proposta da CP -- Comboios de Portugal é a "antítese" do que é necessário por faltar a inclusão de Ermesinde, referiu o dirigente comunista.

"A reativação da Linha de Leixões é possível, é necessária, não está concretizada por falta de vontade política. Preocupa-nos o caminho que a CP procura apresentar, porque é insuficiente e insiste nos erros do processo de 2011", em que a linha foi reaberta sem novas estações, sem ligação a Porto - Campanhã e sem estar incluída no sistema Andante.

Para o PCP, é necessário reabrir a linha ferroviária circular do Porto "com as adaptações que decorrem de alterações geográficas, sociológicas, dos últimos 30 e 40 anos", assegurando "a intermodalidade entre o transporte ferroviário, as várias linhas de metro, as linhas da STCP" e ainda "respostas a grandes unidades industriais: à Lionesa, à Super Bock, à Efacec", disse Jaime Toga.

Na semana passada, o presidente da Lionesa, Pedro Pinto, defendeu que a Linha de Leixões deveria ser reaberta a passageiros para descongestionar a VCI, já que, segundo um estudo encomendado pela empresa que está a ser finalizado, "se existisse a Linha de Leixões isso levaria a uma redução do volume do trânsito automóvel de 20%" nas áreas circundantes.

"Se aplicarmos este princípio às empresas da Via Norte, à Lionesa e aos outros todos que assinaram a carta [enviada ao Governo] em janeiro de 2023, também ao Hospital São João e a outras localizações, é um volume de trânsito substancial que sai da nossa cidade", observou.

Para Pedro Pinto, a Linha de Leixões, na sua totalidade, permitiria às pessoas deslocarem-se, por exemplo, do centro de Matosinhos até Campanhã, no Porto, e se "ligada com o metro" seria "uma via de cintura interna não destinada aos automóveis, mas à ferrovia".

Em agosto, numa conferência em Ermesinde realizada no âmbito da Entre Linhas - Festa do Ferroviário, organizada pela Câmara de Valongo, a CP apresentou um estudo manifestando-se pronta a reativar o serviço de passageiros na Linha de Leixões até Leça do Balio, partindo de Campanhã, se forem construídas paragens no Hospital São João e Arroteia.

Por estação, a procura estimada é de 502 mil passageiros por ano para Campanhã, 24,5 mil para Contumil, 123 mil para São Gemil, 444 mil para o Hospital São João, 132 mil para São Mamede de Infesta, 115 mil para a Arroteia e 49 mil em Leça do Balio.

Numa segunda fase do projeto, o objetivo da CP, segundo o vídeo apresentado, é estender o serviço até Guifões e à estação terminal de Leixões, com interface com o metro em Custió-Araújo.

Leia Também: Linha de Leixões é "oportunidade" de fechar rede a norte do Porto

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