PCP questiona Comissão Europeia sobre o seu papel na venda da Efacec
Comunistas consideram que a privatização da Efacec é "uma decisão profundamente lesiva dos interesses nacionais".
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Política Efacec
O Partido Comunista Português (PCP), representado pelo eurodeputado João Pimenta Lopes, endereçou uma "pergunta prioritária com pedido de resposta escrita" à Comissão Europeia relativamente à privatização da Efacec.
"Solicito à Comissão Europeia informação detalhada sobre a intervenção que teve neste processo e, em particular, no seu desfecho", lê-se no documento, que data desta segunda-feira, a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
"Como se justifica essa intervenção? Que tipo de 'aprovação' foi dada a este negócio e de que critérios dependeu a mesma? Procurou a Comissão Europeia impor ao Governo Português esta solução, que resulta numa cada vez maior concentração de capital, favorecendo designadamente o grande capital alemão?", questionou Pimenta Lopes, argumentando que a venda desta empresa ao fundo de investimento alemão Mutares é "profundamente lesiva dos interesses nacionais".
"O Governo português anunciou a entrega da EFACEC ao fundo de investimento alemão Mutares, juntamente com mais 200 milhões de euros que ainda serão investidos pelo Estado, a troco de nada. O Fundo Mutares receberá de mão beijada (o pouco que investe é em capital da empresa que compra) uma das principais empresas industriais portuguesas, capitalizada, com crédito e garantias, trabalhadores altamente qualificados, capacidade de investigação, líder em vários segmentos de mercado e com encomendas de centenas de milhões de euros em carteira", acusa o comunista.
Na mesma questão, por escrito, Pimenta Lopes aponta o dedo ao ministro da Economia, António Costa Silva, que, "citado na imprensa", disse que "a Comissão Europeia, através da DGComp, terá estado sempre envolvida nas negociações que terão ditado este desfecho. As notícias em causa referem que a operação foi aprovada pela Comissão Europeia, tendo passado no chamado 'teste de mercado'".
Este tipo de perguntas, denominadas "prioritárias", têm um prazo para resposta mais curto do que as restantes questões endereçadas à estrutura liderada por Ursula von der Leyen.
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