Quem sucede a Costa no PS? De Pedro Nuno a Mariana: As opções
Primeiro-ministro demissionário já deixou claro que não será candidato a um novo mandato à frente do Executivo. Assim sendo, abre-se caminho à corrida à liderança do Partido Socialista. Lembramos alguns dos nomes mais prováveis.
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Política Governo/Demissão
A sucessão de António Costa na liderança do Partido Socialista não é um tema novo. Contudo, com o aflorar da crise política, é um dos temas na ordem do dia, já que as eleições antecipadas são o cenário mais provável após o pedido de demissão do chefe de Governo.
O primeiro-ministro demissionário deixou claro, no momento em que falou ao país, esta terça-feira, que não será candidato a um novo mandato à frente do Executivo.
"Não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro. É uma etapa da vida que se encerrou", garantiu.
Também o presidente do PS afirmou ontem que os socialistas estão preparados para uma decisão do chefe de Estado de convocar eleições antecipadas ou optar por uma mudança da liderança do Governo, na sequência da demissão do primeiro-ministro.
Assim sendo, e caso o Presidente da República não prefira a opção de um primeiro-ministro provisório à convocação de eleições, abre-se caminho à corrida à liderança do Partido Socialista. E, a avaliar pelo burburinho dos últimos anos, não faltam opções.
Quem se seguirá na era pós-Costa? Eis alguns dos nomes mais prováveis:
Augusto Santos Silva
De acordo com o Observador, o atual presidente da Assembleia da República está 'na calha' do Partido Socialista antes mesmo do cenário de eleições. Citando fontes do partido, o jornal diz que este será o nome apresentado pelo PS como solução para primeiro-ministro, caso o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decida não avançar para eleições legislativas.
Neste cenário, Costa manter-se-ia secretário-geral do PS, Carlos César manteria a posição de não voltar a cargos executivos e Santos Silva ficaria à frente do Governo provisório.
Pedro Nuno Santos
O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, vem sendo apontado como um dos principais candidatos à sucessão de António Costa na liderança do PS.
No verão, na audição na comissão parlamentar de inquérito à TAP - e ainda antes de ter regressado à Assembleia da República após ter pedido a suspensão de mandato do seu lugar de deputado no Grupo Parlamentar socialista, após a sua demissão - Nuno Santos dizia que não era "candidato a nada". Por outro lado, também já assegurou - agora como comentador na SIC Notícias - que não é "oposição", nem "porta-voz" do Governo.
O ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação foi cabeça de lista do PS por Aveiro nas últimas eleições legislativas. Pedro Nuno Santos demitiu-se do Governo no final do ano para "assumir a responsabilidade política" do caso da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis para deixar a companhia aérea.
Ana Catarina Mendes
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, começou a carreira na Juventude Socialista e foi mesmo líder da bancada socialista, desde 2019, até integrar o Governo - tendo sido a primeira mulher a assumir esse papel.
Foi secretária-geral adjunta do PS entre 2016 e 2019. Considerada uma das potenciais sucessoras à sucessão de Costa, já afirmou, em tempos, que acredita ser provável uma liderança feminina do PS.
Mariana Vieira da Silva
A 'número dois' na hierarquia do Governo, que manteve a pasta da Presidência na transição para esta legislatura, acumulando com as áreas do Planeamento e da Administração Pública, é já o 'braço-direito' do primeiro-ministro, António Costa, apesar de ser uma das mais jovens ministras deste Executivo.
Mariana Vieira da Silva integra os governos de António Costa desde 2015, tendo sido secretária de Estado Adjunta do primeiro-ministro até 2019, e tem tido um trajeto político que a posiciona como uma das mais bem colocadas para a liderança do partido.
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