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PSD "faz julgamentos de tabacaria" e "usa linguagem que não é própria"

As palavras são do secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS), João Torres.

PSD "faz julgamentos de tabacaria" e "usa linguagem que não é própria"
Notícias ao Minuto

22:11 - 10/11/23 por Inês Frade Freire

Política João Torres

O secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS), João Torres, afirmou-se "chocado" com as declarações do Partido Social Democrata (PSD) ao longo dos últimos dias, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa.

De acordo com João Torres, em declarações à RTP3, "o maior partido de oposição muitas vezes roça, se é que não faz mesmo, julgamentos de tabacaria sobre aquilo que tem vindo a público".

"Choca-me que o PSD não seja sequer capaz de verbalizar o principio da presunção de inocência. O PSD tem utilizado uma linguagem que não é própria de quem tem a ambição de conduzir os destinos do país", atirou.

João Torres afirmou ainda: "Já sabíamos que o PSD não tinha programa, não tinha ideias, tem dificuldade em lidar com os resultados da governação do PS e sabemos agora que está a fazer um aproveitamento político e transcende tudo aquilo que é aceitável de um partido que tem um histórico responsável".

Sobre a demissão do primeiro-ministro, na terça-feira, o secretário-geral adjunto do PS destacou o "grande sentido de dignidade" de António Costa "para proteger a função institucional que ocupa".

"No PS ninguém foge às suas responsabilidades. Não há nenhuma desresponsabilização, pelo contrário, há o sentido de proteção institucional do Governo e da instituição que, para o Partido Socialista e, em particular, para o primeiro-ministro, foi colocado em primeiro lugar num momento que natural é difícil na vida politica portuguesa", frisou ainda.

Recorde-se que, na manhã de terça-feira, as buscas da Polícia de Segurança Pública (PSP) e do Ministério Público culminaram com a detenção de cinco pessoas, incluindo o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária. Já o ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi constituído arguido.

Por seu turno, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário", numa declaração a partir do Palácio de São Bento.

No entanto, face aos acontecimentos, António Costa apresentou a sua demissão, que foi aceite, depois de o Ministério Público ter revelado que é alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.

Marcelo optou por dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas, a 10 de março de 2024.

Leia Também: Inquérito do Supremo Tribunal a Costa foi instaurado a 17 de outubro

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