PSD "faz julgamentos de tabacaria" e "usa linguagem que não é própria"
As palavras são do secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS), João Torres.
© José António Rodrigues / PS
Política João Torres
O secretário-geral adjunto do Partido Socialista (PS), João Torres, afirmou-se "chocado" com as declarações do Partido Social Democrata (PSD) ao longo dos últimos dias, na sequência da demissão do primeiro-ministro, António Costa.
De acordo com João Torres, em declarações à RTP3, "o maior partido de oposição muitas vezes roça, se é que não faz mesmo, julgamentos de tabacaria sobre aquilo que tem vindo a público".
"Choca-me que o PSD não seja sequer capaz de verbalizar o principio da presunção de inocência. O PSD tem utilizado uma linguagem que não é própria de quem tem a ambição de conduzir os destinos do país", atirou.
João Torres afirmou ainda: "Já sabíamos que o PSD não tinha programa, não tinha ideias, tem dificuldade em lidar com os resultados da governação do PS e sabemos agora que está a fazer um aproveitamento político e transcende tudo aquilo que é aceitável de um partido que tem um histórico responsável".
Sobre a demissão do primeiro-ministro, na terça-feira, o secretário-geral adjunto do PS destacou o "grande sentido de dignidade" de António Costa "para proteger a função institucional que ocupa".
"No PS ninguém foge às suas responsabilidades. Não há nenhuma desresponsabilização, pelo contrário, há o sentido de proteção institucional do Governo e da instituição que, para o Partido Socialista e, em particular, para o primeiro-ministro, foi colocado em primeiro lugar num momento que natural é difícil na vida politica portuguesa", frisou ainda.
Recorde-se que, na manhã de terça-feira, as buscas da Polícia de Segurança Pública (PSP) e do Ministério Público culminaram com a detenção de cinco pessoas, incluindo o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária. Já o ministro das Infraestruturas, João Galamba, foi constituído arguido.
Por seu turno, António Costa recusou a prática "de qualquer ato ilícito ou censurável" e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça "em tudo o que entenda necessário", numa declaração a partir do Palácio de São Bento.
No entanto, face aos acontecimentos, António Costa apresentou a sua demissão, que foi aceite, depois de o Ministério Público ter revelado que é alvo de uma investigação autónoma do Supremo Tribunal de Justiça sobre projetos de lítio e hidrogénio.
Marcelo optou por dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas, a 10 de março de 2024.
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