José Luís Carneiro afirmou, este domingo, que não aceita "lições de como combater a Direita", após o seu principal adversário na corrida à liderança do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, ter afirmado que o atual ministro da Administração Interna tem "preferido" atacá-lo.
"Temos ainda um longo caminho para conversar entre nós porque somos camaradas e amigos, em primeiro lugar", começou por referir quando questionado sobre as críticas de Pedro Nuno Santos, à entrada de um encontro de militantes socialistas, no Porto.
"Comecei a minha política muito jovem ainda, há muito tempo, por ganhar precisamente uma Câmara ao PSD. Derrotei o PSD, derrotei na altura o CDS e tornei-me num dos mais jovens presidentes de câmara do país. Portanto, não aceito lições de como se deve combater a Direita", acrescentou.
Sublinhe-se que Pedro Nuno Santos desafiou José Luís Carneiro a combater a Direita. "Esperaria que o meu adversário tivesse o mesmo foco e a mesma concentração no combate à Direita. Simplesmente, não é isso que tem acontecido: o meu adversário interno tem preferido dirigir-me ataques, mais do que à Direita", afirmou aos jornalistas, antes de iniciar uma reunião com as estruturas distritais da sua campanha à liderança nacional do Partido Socialista, em Coimbra.
"Nós estamos concentrados exclusivamente em derrotar a Direita e o PSD e é nesse cenário que trabalhamos", sublinhou.
As eleições diretas para o cargo de secretário-geral estão marcadas para 15 e 16 de dezembro, após a demissão de António Costa. Além de Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro, está também na corrida Daniel Adrião.
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