Pedro Nuno vai ter Mourinho Félix na equipa para programa de finanças

O secretário-geral socialista convidou Ricardo Mourinho Félix, ex-vice-presidente do Banco Europeu de Investimentos (BEI) e secretário de Estado do antigo ministro das Finanças Mário Centeno, para integrar a equipa do programa eleitoral dedicada à parte das finanças.

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© Leonardo Negrão/Global Imagens

Lusa
05/01/2024 20:06 ‧ 05/01/2024 por Lusa

Política

Congresso PS

Ricardo Mourinho Félix foi um dos principais "operacionais" da equipa coordenada por Mário Centeno que elaborou o cenário macroeconómico, em 2015, para o anterior líder socialista, António Costa.

Segundo a equipa de Pedro Nuno Santos, terá agora entre as suas missões aferir o impacto económico-financeiro das principais propostas programáticas que o PS vai apresentar para as eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

Natural de Setúbal, quadro do Banco de Portugal, professor auxiliar convidado da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa entre 2001 e 2006, Ricardo Mourinho Félix foi designado vice-presidente do BEI em outubro de 2020, cargo que ocupou até ao final deste ano.

Militante do PS desde os 18 anos, durante o período em que o atual governador do Banco de Portugal foi ministro das Finanças Mourinho Félix foi primeiro secretário Adjunto do Tesouro e das Finanças e depois secretário de Estado Adjunto e das Finanças.

Antes de exercer funções governativas, desempenhou funções de coordenação na área de conjuntura e previsão no Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal. Também no Banco de Portugal, entre 2004 e 2013, exerceu funções no Grupo de Previsão da Economia Portuguesa.

Na recente corrida à liderança do PS, entre outras medidas com impacto orçamental relevante, o atual secretário-geral assumiu o compromisso de proceder a uma "recuperação gradual do tempo de serviço que esteve congelado" de todos os funcionários públicos. Deste modo, estendeu a toda a função pública a posição que tem assumido para os professores.

Porém, Pedro Nuno Santos não indicou qualquer calendário para concluir a recuperação do tempo congelado, tendo feito depender o ritmo de recuperação do tempo de serviço congelado desses setores profissionais das condições orçamentais do país.

Durante a campanha interna no PS, o secretário-geral do PS manifestou-se pouco entusiasta de excedentes orçamentais, defendendo "um novo equilíbrio" entre consolidação orçamental e investimento público, mas fez a promessa de "manter Portugal como um país com contas certas".

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