À chegada ao Pavilhão 1 da Feira das Indústrias de Lisboa (FIL), onde vai decorrer o 24.º Congresso do PS, José Luís Carneiro disse que o novo secretário-geral, Pedro Nuno Santos, pode contar com a sua "mobilização e empenho" para "garantir que os direitos fundamentais na economia e na sociedade não têm recuo e não andam para trás".
"Entendo que o secretário-geral tem dado sinais claros de querer corresponder às palavras que dissemos na noite das eleições [internas]", disse José Luís Carneiro, que foi candidato à liderança do PS e perdeu, ficando com 37% dos votos, sublinhando que se colocou à disposição da nova direção para construir a unidade baseada na pluralidade.
O ministro da Administração Interna quis deixar "uma palavra de gratidão" a António Costa, "camarada e primeiro-ministro" e que "deixa ficar um legado de serviço público que dignifica e honra os valores do PS e os valores constitucionais".
Sobre de António Costa deveria ou não participar na campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março, José Luís Carneiro considerou que, se o próprio quiser, "seria positivo".
"Entendo que António Costa é um elemento, é alguém que tem relação profunda de confiança com os portugueses", sublinhou, apontando como "prova disso" as vitórias eleitorais e o "prestígio que granjeou" na Europa.
"Se essa for a sua vontade, desse ponto de vista é muito positivo", disse.
José Luís Carneiro considerou que "se há um partido capaz de garantir que Portugal não anda para trás, nos direitos, nas liberdades democráticas, é o PS".
Uma notícia publicada hoje pelo "Observador" refere que António Costa é suspeito de alegada prática de crime de prevaricação pela aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros de 19 de outubro -- um diploma que terá beneficiado o objetivo da empresa Start Campus no sentido de instalar um centro de dados em Sines.
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