PS deve fazer "pontes" e "impedir acesso da extrema-direita ao poder"
André Moz Caldas, coordenador da moção de José Luís Carneiro, advertiu hoje que os socialistas têm de impedir o acesso da extrema-direita ao poder e assumirem-se como ponte de diálogo entre as forças democráticas.
Política PS/Congresso
Estes recados foram transmitidos pelo atual secretário de Estado da Presidência na apresentação da moção de orientação política da candidatura derrotada de José Luís Carneiro à liderança do PS -- documento que disse celebrar "orgulhosamente" o legado de oito anos de governos de António Costa.
Na sua intervenção, André Moz Caldas advertiu que o PS vai enfrentar "um novo ciclo político desafiante", cabendo ao partido "reafirmar a relação de confiança que sempre manteve com os portugueses e garantir a continuidade da sua governação".
"Na nossa moção, defendemos um partido que mobilize a sociedade portuguesa para impedir o acesso da extrema-direita ao poder. Não podemos aceitar um retrocesso democrático quando celebramos os 50 anos do 25 de Abril", declarou.
O secretário de Estado da Presidência apontou depois que o PS "é um partido fundador da democracia portuguesa e charneira no espetro político português".
"Um partido de pontes e diálogo, o que já demonstrou por diversas vezes ao longo da história democrática. O PS sempre honrou as suas alianças e sempre contribuiu para a estabilidade e governabilidade do país, tendo uma base doutrinária autónoma e própria -- e assim deve continuar", frisou.
Depois, deixou mais uma mensagem em tom de aviso: "O PS deve ter elevados padrões de exigência ética com todos os seus militantes ou independentes que disputem cargos públicos".
"Deve participar em todos os debates sobre o aprofundamento da qualidade da democracia, da transparência no exercício de funções públicas e políticas", acrescentou.
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