Daniel Adrião pede humildade para reconhecer "acidentes de percurso"
O dirigente socialista Daniel Adrião apelou hoje ao PS que tenha a humildade em reconhecer erros e "acidentes de percurso" de forma a ganhar a confiança dos eleitores e salientou a importância da execução dos fundos europeus.
© Blas Manuel / Notícias Ao Minuto
Política PS/Congresso
"O PS deve ter também a humildade perante os portugueses de assumir que nem sempre tudo correu bem e que houve acidentes de percurso. Uns motivados por razões externas e outros por razões internas. Uns por razões alheias à sua vontade, outros por responsabilidade própria", defendeu Daniel Adrião, no 24.º Congresso Nacional do PS, que decorre até domingo na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
Para Adrião, que se candidatou a secretário-geral do PS nas diretas de dezembro e obteve 1%, "esta clareza perante os eleitores é fundamental para mostrar que o PS não se exime de assumir os seus erros e, reconhecendo-os, assume que com eles aprendeu e que essa aprendizagem lhe servirá para o futuro".
O dirigente apresentou a sua moção política de orientação nacional, intitulada "Democracia Plena", defendendo que o PS tem que ser capaz de demonstrar que consegue "tomar decisões que se traduzam na criação de valor económico e social e que impactem positivamente as próximas gerações, alavancadas na execução do maior pacote financeiro de sempre, o PRR e o Portugal 2030".
Referindo por várias vezes a importância da execução dos fundos europeus, Daniel Adrião defendeu que apesar dos esforços de António Costa em aumentar nos últimos anos o Salário Mínimo Nacional, "o país tem baixos índices de produtividade e tarda a libertar-se de um modelo económico assente na mão-de-obra intensiva e nos baixos salários".
O dirigente desafiou ainda o secretário-geral Pedro Nuno Santos para que introduza no programa eleitoral de março uma reforma do sistema eleitoral e pediu um "pacto de regime" para a habitação que "ao longo de uma década crie condições para a iniciativa privada cooperativa e publica implementarem de forma concertada um programa de reabilitação e construção de nova habitação".
Daniel Adrião disse ainda que o partido sairá deste congresso unido "em torno do próximo primeiro-ministro de Portugal", Pedro Nuno Santos, pronto para derrotar a direita.
O socialista candidatou-se à liderança do PS quatro vezes, em 2016, 2018, 2021, contra o antigo secretário-geral António Costa, e em 2023, disputado o cargo com Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro.
Leia Também: Daniel Adrião destaca "esforço grande" de Pedro Nuno para unir partido
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com