"Nem Presidente, nem procuradores" podem "condicionar a vontade do povo"
A socialista Edite Estrela avisou hoje "nem o Presidente da República, a imprensa ou procuradores" têm direito a condicionar a vontade popular, com alguns militantes a considerar necessária uma vitória do PS nas legislativas para "proteger a democracia".
© Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens
Política PS/Congresso
Numa intervenção no 24.º Congresso Nacional do PS, que decorre até domingo na Feira Internacional de Lisboa (FIL), a vice-presidente da Assembleia da República afirmou que a vitória do PS com maioria absoluta em janeiro de 2022 "foi como uma espinha cravada na garganta da direita".
"O Presidente da República acabou por lançar pela segunda vez a bomba atómica política e segundo um jornal de referência já estará a pensar numa terceira dissolução. Em 10 de março é o povo que vai dizer o que quer para o país. Ninguém tem direito de condicionar a vontade soberana do povo português, nem o Presidente da República, nem a comunicação social, nem os procuradores", avisou.
Na sua intervenção, a antiga eurodeputada do PS e ex-presidente da Câmara Municipal de Sintra defendeu a importância de uma vitória do partido nas legislativas de março para impedir que "a extrema-direita chegue ao poder".
"Temos que honrar Abril e defender a democracia", advogou.
Também André Rijo, presidente da Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos, abriu os trabalhos da tarde com uma intervenção na qual defendeu que os socialistas "estão prontos para, 50 anos depois, voltar a fazer Abril" vencendo as eleições legislativas.
"Um parágrafo colocado num comunicado da Procuradoria-Geral da República no passado dia 07 de novembro fez com que dois milhões e 300 mil votos dos portugueses nas legislativas fossem deitados ao lixo. E os socialistas o que dizem ao país? Dizem claramente que acreditam na democracia, estão aqui firmes na luta e a dizer presente para que a democracia e o 25 de abril se continuem a cumprir em Portugal e para que nenhum outro poder seja mais forte do que o poder do povo", defendeu.
O militante socialista Rui Santos considerou que uma vitória do PS "é uma necessidade imperiosa para a salvaguarda da democracia".
Rui Santos defendeu que a regionalização é um "imperativo nacional" e apelou ao partido para que não fique à espera das circunstâncias ideais para avançar com este desígnio porque elas "nunca chegarão".
Vários foram os elogios deixados a Pedro Nuno Santos, desde Edite Estrela, que o definiu como um homem "genuíno, frontal, corajoso" ou ainda a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que expressou a sua "admiração profunda" pelo líder enquanto "homem, amigo e pai" e pediu atenção à agricultura, pescas e alimentação.
Numa intervenção emocionada, o militante Júlio Leite Vasconcelos deixou uma palavra de agradecimento a António Costa, ao secretário-geral das Nações Unidas e socialista, António Guterres, "insultado pelos israelitas", e por fim, a Pedro Nuno Santos.
"No dia 30 de abril às nove horas da noite faço 50 anos de militante do PS. Se tiver um furo na sua agenda como primeiro-ministro conto consigo para me dar um abraço", disse o militante, que Pedro Nuno Santos abraçou logo após a sua intervenção.
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