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PCP acusa Pedro Nuno Santos e Montenegro de terem "peso de consciência"

Paulo Raimundo considerou que o apoio dos centros de saúde ao SNS é "uma medida positiva".

PCP acusa Pedro Nuno Santos e Montenegro de terem "peso de consciência"
Notícias ao Minuto

08:17 - 08/01/24 por Notícias ao Minuto

Política Paulo Raimundo

O secretário geral do PCP, Paulo Raimundo, acusou, esta segunda-feira, os líderes do PS e do PSD de terem "peso de consciência". "Quer um, quer outro, têm responsabilidades da situação a que chegámos", apontou. 

Paulo Raimundo afirmou, durante a visita a um centro de saúde, em Lisboa, que o apoio dos centros de saúde ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) é "uma medida positiva". No entanto, realçou que estas "medidas só têm efeito prático se forem acompanhados da questão fundamental. Vale-nos pouco ter espaços abertos, se não tivermos profissionais". 

O secretário-geral do PCP anunciou que os comunistas vão apresentar "em breve" propostas para aumentos salariais dos profissionais do setor da saúde no sentido de promover o seu "regresso" ao Serviço Nacional de Saúde. 

"Vamos avançar com a majoração salarial de 50% com 25% de reconhecimento do tempo de serviço. São medidas que não resolvem tudo, mas incentivam o retorno dos médicos ao Serviço Nacional de Saúde, assim como dos enfermeiros", disse Paulo Raimundo, durante uma visita à Unidade de Saúde Familiar (USF) da Alta de Lisboa.

Sobre as promessas feitas, no domingo, por Pedro Nuno Santos, Paulo Raimundo disse "que não são suficientes". "Estamos na fase das promessas, é só chuva de promessas, mas não são suficientes porque não resolvem o problema de fundo que é fixar profissionais". 

Paulo Raimundo referiu que para fixar os profissionais de saúde "é preciso incentivos claros de respeito, valorização das carreiras e incentivos financeiros". Para o secretário geral do PCP "são medidas deste tipo, que já vêm tarde, que são precisas resolver agora".

"Aquilo que é preciso é resolver os problemas das pessoas", afirmou, garantindo ainda que não rejeita uma reedição da geringonça. 

No centro de saúde, mais de cinquenta pessoas mantinham-se na fila na rua desde as 05h00 expostas a baixas temperaturas, aguardando a abertura da unidade de saúde para a marcação de consultas e atendimento que só começa às 08h00.

De acordo com o PCP, a USF da Alta de Lisboa dispõem de "quatro médicos para trinta mil utentes".  

Paulo Raimundo ouviu as queixas dos utentes e reiterou que a situação no setor é "grave" e acrescentou que, neste momento e tendo em conta as eleições legislativas de março, "não vale a pena" fazer "conjunturas" ou cenários de "alta pressão, média pressão ou de pequena pressão" porque, frisou, "é preciso abrir caminhos concretos para resolver o problema das pessoas".

"Se alguém disser que vai resolver o problema de um dia para o outro está a mentir ou então estamos neste espírito de promessas que chovem todos os dias. Não é possível resolver as coisas de um dia para o outro, mas é possível abrir um caminho", disse.

Para Paulo Raimundo, a atual situação do setor da saúde é o resultado de um "processo longo e profundo" cujo objetivo é desmantelar o SNS.

[Notícia atualizada às 09h56]

Leia Também: "Grande lição" do congresso do PS é que é preciso reforçar PCP

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