Meteorologia

  • 19 SEPTEMBER 2024
Tempo
19º
MIN 18º MÁX 26º

Promessas aos professores só serão cumpridas com reforço da CDU, diz PCP

O secretário-geral do PCP desvalorizou hoje as promessas dos maiores partidos de recuperação do tempo de serviço dos professores, avisando que só com o reforço da CDU serão forçados a cumpri-las, "mesmo contra a sua vontade".

Promessas aos professores só serão cumpridas com reforço da CDU, diz PCP
Notícias ao Minuto

13:16 - 18/01/24 por Lusa

Política PCP

No final de um encontro com a Fenprof (Federação Nacional dos Professores), na sede nacional do PCP, Paulo Raimundo manifestou disponibilidade para ponderar no programa eleitoral da CDU as pretensões desta estrutura de recuperação total do tempo de serviço dos professores faseado em três anos ou de aumentar, até final da legislatura, o investimento em educação para 6% do Produto Interno Bruto, mas deixou um aviso.

"O que os últimos anos demonstram, em particular estes últimos dois anos, é que este processo nunca mais se resolve. O que vai decidir do reconhecimento do tempo de serviço, do fim da precariedade, do reforço da educação inclusiva... tudo isso só é possível com mais deputados da CDU para impor esses caminhos", defendeu.

Questionado se não acredita nos compromissos de PS, PSD e Chega de fazer essa recuperação do tempo serviço que esteve congelado, o líder comunista respondeu que, nesta fase de pré-campanha, se está "no tempo das promessas, agora é a chuva de promessas".

"Amanhã, depois das eleições, vamos ter o tempo em que aqueles que prometeram vão justificar as razões pelas quais não podem cumprir o que prometeram, isto não é futurismo, a prática que temos tido é essa", afirmou.

Por isso, defendeu, "a única forma de aqueles que estão hoje a fazer promessas se verem obrigado a cumpri-las, não é pela força que tenham, é pela força que PCP e CDU tiverem".

"É a única forma de obrigá-los a cumprirem promessas mesmo contra a sua vontade", disse.

Paulo Raimundo registou a "grande sintonia" de posições entre PCP e Fenprof sobre os problemas da educação.

"Todos somos poucos para defender a escola pública. A Fenprof e professores podem contar com o PCP e a CDU", assegurou, defendendo "um investimento de sobressalto" que resposta às necessidades do setor.

No final do encontro, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, explicou ter pedido reuniões com todos os partidos "com maior expressão e defensores da democracia", dizendo que já se reuniram com o Livre, já têm marcado o encontro com o BE, e registando que PS e PSD ainda não agendaram qualquer reunião.

"Sabemos que nesta fase que antecede as eleições são sempre muito audíveis os cantos de sereia, o 'agora é que vai ser, ainda não fizemos, mas vamos fazer'", disse, mas alertando que nem sempre essas promessas têm sido cumpridas no passado.

Quanto às principais reivindicações da Fenprof para a próxima legislatura, Mário Nogueira considerou fundamental "uma recuperação rápida" do tempo de serviço dos professores, defendendo que "não pode ir além dos três anos", já que "devia ter começado a ser recuperado em 2018".

"Enquanto esse tempo de serviço não for contado, num tempo que cada vez tem de ser mais curto, as escolas não vão ter paz porque os professores se sentem injustiçados", alertou.

A Fenprof está também a pedir aos partidos que, "progressivamente, ao longo da próxima legislatura", o financiamento da educação possa atingir os 6% do PIB, medidas para recuperar os milhares de professores que têm saído da escola pública e mais recursos para a educação inclusiva.

Leia Também: PCP critica "ofensiva ideológica" sobre impostos para privilegiar grupos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório