Graça Carmona e Costa? AR recorda "uma das maiores mecenas do país"
Os deputados aprovaram hoje por unanimidade um voto de pesar pela morte da colecionadora de arte Maria da Graça Carmona e Costa, aos 90 anos, lembrando-a como "uma das maiores mecenas do país".
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"A sensibilidade e o gosto pela arte distinguiram Maria da Graça Carmona e Costa no panorama artístico nacional. A sua longa carreira no meio galerístico e a atividade filantrópica contínua desempenharam um papel de relevo no apoio e divulgação de várias gerações de criadores nacionais, tanto em Portugal, como no estrangeiro", lê-se no projeto de voto da autoria do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.
Esta iniciativa foi aprovada hoje por unanimidade na Comissão Permanente, órgão do parlamento com poderes limitados e menos deputados, que funciona quando a Assembleia da República está dissolvida.
O texto lembra que "a sua importante coleção -- a mais extensa coleção privada portuguesa - inclui nomes incontornáveis como Cabrita Reis, Jorge Queiroz, José Pedro Croft, Rui Chafes, Ilda David, Júlio Pomar e Palolo, Jorge Martins, Francisco Tropa, Julião Sarmento, Vieira da Silva, Inez Teixeira ou Rui Sanches".
Na iniciativa é recordado que "a singularidade do seu percurso de mais de 50 anos é atestada por várias distinções", entre elas, "a Medalha Municipal de Mérito Cultural, concedida, em 2016, pela Câmara de Lisboa; a Medalha de Mérito Cultural, atribuída, em 2018, pelo Ministério da Cultura; ou a Dama da Ordem Equestre de S. Gregório Magno, com que foi condecorada, em 2020, pelo Papa Francisco".
"A Assembleia da República, reunida em Comissão Permanente, expressa o seu pesar pelo falecimento de Maria da Graça Carmona e Costa, que dedicou grande parte da vida ao fomento das artes visuais e à divulgação dos artistas contemporâneos", lê-se no texto.
A colecionadora de arte Maria da Graça Carmona e Costa, uma das maiores mecenas privadas do país, morreu na segunda-feira, em Lisboa, aos 90 anos, disse à agência Lusa fonte próxima da galerista.
Fundadora da Fundação Carmona e Costa com o marido, Vítor Carmona e Costa, em 1997, consolidou um percurso de mais de meio século de promoção da arte contemporânea portuguesa, com uma atividade filantrópica permanente e a construção de uma coleção própria, que constitui um dos maiores acervos do país.
Natural de Lisboa, onde nasceu em 1933, Maria da Graça Carmona e Costa frequentou, na década de 1970, o primeiro curso de formação de Iniciação à Arte Moderna promovido pela Sociedade Nacional de Belas Artes.
Apaixonada pelas artes plásticas, Maria da Graça Carmona e Costa contactou, nos anos 1970, com destacadas personalidades da arte portuguesa como Almada Negreiros, José Augusto-França e o crítico Rui Mário Gonçalves, iniciando por essa altura a sua atividade na Galeria Quadrum, em Lisboa, fundada por Dulce D'Agro.
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