Mariana Mortágua reuniu-se hoje, na sede do BE, em Lisboa, com o Sindicato dos Inspetores do Trabalho, tendo no final, em declarações aos jornalistas, alertado para o falso 'outsourcing', os contratos a prazo, "a exploração de trabalho migrante" ou para "as condições de trabalho em plataformas ou em grandes explorações agrícolas intensivas".
"O desafio que fazemos ao país - e que é um assunto muito importante para o Bloco de Esquerda há muito tempo - é que o combate à precariedade, o combate à exploração laboral em todas as formas como ela hoje existe, em particular no trabalho migrante e nas plataformas, seja uma prioridade nacional", apelou.
Para a líder do BE, "é preciso encarar a precariedade e a exploração laboral hoje como se encarou o trabalho infantil no século passado".
"Temos que banir as formas de exploração laboral, as formas desumanas de explorar trabalho, quer de mão-de-obra nacional, quer mão-de-obra migrante", pediu.
Segundo Mortágua, só assim será possível "garantir um país com salários dignos, com condições de trabalho dignas".
"E isso quer dizer leis que responsabilizem todos os empresários, as empresas que vão abrindo para explorar este tipo de trabalho, mas também quer dizer meios para a ACT", pediu.
De acordo com a líder bloquista, aquilo que a ACT exige são "condições para poder trabalhar e para poder fazer o seu trabalho" que é "inspetivo de combate ao abuso, à precariedade" e que não seja "apenas de números, mas que seja um trabalho real, com autos realmente levantados, com casos de facto investigados e com consequências".
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