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Operação Marquês. "É muito importante que agora se faça justiça"

Mariana Mortágua afirmou que o Bloco de Esquerda "deseja que a justiça seja célere", mesmo sabendo que, "muitas vezes, quanto mais poder têm os acusados, mais manobras dilatórias tendem a utilizar".

Operação Marquês. "É muito importante que agora se faça justiça"
Notícias ao Minuto

20:32 - 25/01/24 por Notícias ao Minuto

Política Bloco de Esquerda

A líder do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, comentou, esta quinta-feira, a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) sobre levar a julgamento 22 arguidos no âmbito do processo Operação Marquês, considerando que "é muito importante que se faça justiça".

"É muito importante que agora se faça justiça e que cheguem conclusões o mais rapidamente possível porque o país não pode ficar com a sensação de que existia uma economia de conluio que envolvia a banca, poderes políticos, os donos disto tudo, e depois nada aconteceu", referiu a bloquista em declarações à RTP3.

Para Mariana Mortágua, a "justiça tem os seus tempos", mas estes são "demasiado lentos" para a dimensão de casos como a Operação Marquês.

"Sabemos que estes são processos muito complexos. Sabemos que, muitas vezes, quanto mais poder têm os acusados, mais manobras dilatórias tendem a utilizar e tudo isso vai atrasando muito a justiça", considerou, acrescentando que o partido "deseja que a justiça seja célere".

No entanto, alertou que "o poder político tem o papel de entregar todos os meios necessários para que este - como outros casos - seja investigado e julgado da forma mais célere possível".

Sublinhe-se que o processo tem como principal arguido o antigo primeiro-ministro José Sócrates. Segundo o acórdão do TRL, o antigo primeiro-ministro, entre 2005 e 2011, vai responder em julgamento por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento e seis de fraude.

De acordo com a súmula do acórdão do TRL, com mais de 680 páginas e que deu parcialmente razão ao recurso do Ministério Público contra a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, proferida há cerca de três anos, dos 22 arguidos quatro são empresas, tendo Bárbara Vara, filha do antigo ministro Armando Vara e também arguido, sido a única das acusadas a ser ilibada na decisão hoje divulgada.

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