"Agradeço a confiança depositada na coligação PSD/CDS/PPM, que nos confere a responsabilidade de liderar os destinos dos Açores nos próximos quatro anos", referiu o também atual presidente do Governo Regional numa publicação na rede social Facebook.
José Manuel Bolieiro - que na noite eleitoral disse estar pronto para governar com maioria relativa, uma vez que a coligação ficou a três deputados dos 29 necessários para uma maioria absoluta -- considerou a vitória de domingo um testemunho do "compromisso inabalável com a estabilidade e o bem-estar" da população.
Os resultados são, no seu entender, um apoio à governação da coligação desde 2020 e permitem renovar a confiança no percurso definido.
"Comprometo-me a manter um diálogo aberto e conciliador, garantindo que nenhum açoriano seja deixado para trás. Seremos um governo de estabilidade, enfrentando os desafios com coragem e determinação, sempre com os interesses dos açorianos em primeiro lugar", acrescentou, na sua primeira mensagem pública após a noite eleitoral.
O social-democrata compromete-se também a "honrar os compromissos assumidos" e a "prestar um serviço ainda melhor às populações e aos territórios" das nove ilhas.
"Somos uma força incansável na promoção do bem-estar dos açorianos", escreveu, agradecendo ao CDS-PP e ao PPM, além de todas as estruturas do PSD, "pela dedicação e coesão".
A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais dos Açores, no domingo, com 42,08% dos votos, e elegeu 26 deputados, mas ficou a três da maioria absoluta, segundo dados oficiais provisórios.
O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos (35,91%), seguido pelo Chega, com cinco mandatos (9,19%).
O Bloco de Esquerda (2,54%), a Iniciativa Liberal (2,15%) e o partido Pessoas-Animais-Natureza (1,65%) elegeram um deputado regional cada, completando os 57 eleitos.
Em 2020, o PS ganhou as eleições, mas sem maioria absoluta, tendo-se formado à direita uma solução alternativa, com a formação da coligação PSD/CDS/PPM e a assinatura de acordos parlamentares com o Chega e a IL (em 2023, os liberais romperam o entendimento).
Em novembro, a abstenção do Chega e do PAN e os votos contra de PS, IL e BE levaram ao chumbo do Orçamento dos Açores para este ano e, no mês seguinte, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa e a marcação de eleições.
[Notícia atualizada às 19h04]
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