"Impossível resolver problemas com mesmas políticas da maioria absoluta"
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, defendeu hoje que é impossível resolver "os problemas que a maioria absoluta agravou" com as mesmas políticas que foram seguidas, pedindo clareza ao PS sobre os temas essenciais às pessoas.
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Política Legislativas
Mariana Mortágua esteve hoje em Algés, concelho de Oeiras, e foi questionada sobre o debate que vai ter esta semana com o líder do PS, Pedro Nuno Santos, e se espera que este clarifique a sua posição sobre entendimentos pós-eleitorais para uma maioria à esquerda, para os quais o BE já mostrou abertura para negociar.
"Eu penso que é necessário que o PS clarifique a sua posição sobre todos os assuntos que são essenciais às pessoas e que vão desde como é que se abrem as urgências e garante médico de família", começou por responder.
De acordo com a líder do BE, não se pode dizer é que "com as mesmas políticas que a maioria absoluta fez é possível resolver os problemas que a maioria absoluta agravou".
"Isso é que é uma impossibilidade e, portanto, queremos apresentar soluções para os principais problemas do país. Temos o nosso programa e queremos apresentá-lo ao longo da campanha e achamos que tem que haver clareza no debate com as outras forças políticas para que cada um diga ao que vem e o que é que defende", enfatizou.
Mariana Mortágua espera ser "incisiva sobre todos os assuntos e ser clara sobre todos os temas".
"É preciso ser clara sobre temas em que a maioria absoluta deixou um passado de más decisões, como vemos nas questões ambientais, por exemplo, na exploração de lítio, na exploração de minas a céu aberto, como vimos na construção de `resorts´ turísticos", exemplificou.
Na opinião da líder do BE, "a maioria absoluta do Partido Socialista tem cadastro nessa matéria e é importante ter clareza para o futuro".
"Quem diz sobre ambiente diz sobre saúde ou diz sobre habitação. As políticas da maioria absoluta foram erradas, agravaram estes problemas e é preciso ter clareza sobre quais são as soluções para resolver estas questões são essenciais à vida das pessoas", enfatizou.
Já sobre a proposta do Chega para que as forças policiais tenham direito à greve e à filiação partidárias, Mariana Mortágua começou por sublinhar que "as forças de segurança têm características diferentes".
"No caso da GNR é uma força militarizada, a Constituição tem determinações próprias sobre a greve no caso de forças militarizadas. Coisa diferente é se falarmos da PSP, por exemplo, e nesse caso, parece-nos que o direito à greve não deve estar em risco, desde que sejam garantidas as condições de segurança", defendeu.
Sendo uma greve das forças policiais, na análise da líder do BE, "há serviços a garantir que têm que ser condizentes com as necessidades de segurança do país e esses são os riscos têm que ser acautelados".
Posição diferente é sobre a possibilidade das forças policiais terem filiação partidária.
"Não me parece que faça sentido promover filiação partidária nas forças de segurança. Têm o monopólio da segurança do Estado, é importante que se mantenham acima das questões partidárias e essa é uma segurança para todos nós", justificou.
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