No decurso de um comício de pré-campanha para as eleições legislativas de 10 de março, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, foi interrompida por uma cidadã que deu conta de que será despejada, com os três filhos menores, no próximo dia 1 de abril.
Numa lotada Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense, em Guimarães, a mulher explicou que aguarda uma casa do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana desde 2018.
Apesar de ter emprego, a moradora já não consegue suportar os custos da renda, de acordo com a SIC Notícias.
O mesmo canal apontou que, inicialmente, a bloquista pediu para que a mulher a deixasse terminar o discurso, justamente sobre a crise da habitação. Contudo, cedeu e a própria encaminhou a residente até ao palco.
Saliente-se que a líder do BE culpou tanto o Partido Socialista (PS) como o Partido Social Democrata (PSD) pela situação atual, tendo criticado os partidos por alegarem ser “impossível" implementar medidas devido a imposições da União Europeia.
Para Mariana Mortágua, os dois partidos dividem as suas propostas entre medidas que falharam no passado ou medidas que falharam no presente, recusando, na sua ótica, "todas as propostas que atacam diretamente as causas do aumento dos preços" na habitação.
Agora, em Guimarães, a @MRMortagua discursava quando foi interrompida por Mariana, uma vimaranense que está em risco de ser despejada e não consegue arranjar soluções para a sua situação. Enquanto os senhorios enchem os bolsos, há quem não consiga pagar casa, comida ou luz. pic.twitter.com/qq5h2lIaE3
— miguel (@miguelafmartins) February 20, 2024
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