Mudança de posição de PNS? "Isto não pode ser jogo. É brincar com o país"

O social-democrata referiu que o secretário-geral do Partido Socialista era "uma pessoa instável" e que a mudança de posição em relação a uma eventual viabilização de um governo da Aliança Democrática "demonstrava esse comportamento".

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Notícias ao Minuto
22/02/2024 00:03 ‧ 22/02/2024 por Notícias ao Minuto

Política

Miguel Relvas

O antigo presidente do Partido Social Democrata (PSD) Miguel Relvas comentou, esta quarta-feira, a mudança de posição quanto à viabilização do Partido Socialista (PS) de um eventual governo minoritário da Aliança Democrática (AD).

Em causa estão as declarações do líder socialista, Pedro Nuno Santos, que no início da semana referiu que perante o cenário de um Executivo à Direita o PS não iria colocar 'entraves', viabilizando-o. Já esta quarta-feira, o secretário-geral do PS adiantou que se sente "desobrigado" a viabilizar um governo minoritário da AD uma vez que não há, da parte da oposição, o "valor da reciprocidade".

"Hoje vem dizer o oposto. Isto não pode ser um jogo. É uma questão muito séria. Penso que só ele é que perde com isto porque já vai na terceira posição, porventura amanhã terá uma nova posição numa matéria como esta", referiu o social-democrata em declarações à CNN Portugal.

Sublinhando que Pedro Nuno Santos "não colocou a questão da reciprocidade" durante o debate e que se arrependeu entretanto, Miguel Relvas defendeu: "Pedro Nuno Santos habituou-nos durante anos. 'Não pago, não faço'. Ele é uma pessoa instável. E isto é a demonstração desse comportamento. Acabou por estragar tudo o que até lhe poderia ter corrido melhor no debate com esta posição - quem ouviu o debate ouviu uma coisa e hoje ouve outra posição".

Miguel Relvas reforçou ainda que provavelmente num próximo debate, marcado para sexta-feira, se ouça uma outra posição. "Isto é brincar com o país. O país não o pode levar a sério. É muito pouco responsável para um candidato a primeiro-ministro", considerou.

Leia Também: "PNS demitiu-se. Que autoridade moral tem para falar de bagunça?"

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