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Aborto? Discurso de Núncio "foi um erro". "Assunto não está em discussão"

O vice-presidente do CDS, Paulo Núncio, defendeu que "a única forma" de reverter "a liberalização da lei do aborto passa por um novo referendo".

Aborto? Discurso de Núncio "foi um erro". "Assunto não está em discussão"
Notícias ao Minuto

09:37 - 29/02/24 por Notícias ao Minuto

Política Aborto

O antigo presidente do Partido Social Democrata (PSD), Miguel Relvas, comentou as declarações do vice-presidente do CDS, Paulo Núncio, que defendeu um novo referendo sobre o aborto, considerando-as "um erro".

Apesar de considerar que Núncio é "uma pessoa sensata", Relvas salientou que estas declarações foram "um erro", no seu espaço de comentário da CNN Portugal.

"Em primeiro lugar porque é uma questão que não está dentro da campanha, depois a lei que hoje está em vigor é pacífica em Portugal e, desde o segundo referendo, que é consensual, não é uma questão de divisão na sociedade portuguesa. Acho que foi um erro e tem de ser visto neste plano", adiantou Miguel Relvas, considerando ainda que "Luís Montenegro esteve muito bem" e "foi muito claro" em explicar que este é um assunto "que não está em discussão".

O presidente do PSD assegurou ontem que a AD não vai mexer na lei do aborto na próxima legislatura, considerando que este é um assunto arrumado e que a posição de Paulo Núncio só a ele vincula.

De recordar que o candidato a deputado por Lisboa nas listas da Aliança Democrática (AD) às eleições legislativas de março considera que "a única forma revertermos a liberalização da lei do aborto passa por um novo referendo", avançou a Rádio Renascença.

Paulo Núncio mostrou-se a favor de iniciativas que possam "limitar o acesso ao aborto”, tais como taxas moderadoras, medida essa que chegou a ser implementada pelo governo PSD/CDS-PP, em 2015, mas acabou por ser revogada pela maioria parlamentar de Esquerda.

O vice-presidente do CDS-PP sublinhou ainda que no acordo político celebrado com a AD foi identificado como ponto essencial colocar a dignidade humana no centro e na prioridade da atividade política.

Leia Também: Aborto? "Que hoje a direita aceite que essa é uma lei civilizacional"

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