Aborto? Discurso de Núncio "foi um erro". "Assunto não está em discussão"
O vice-presidente do CDS, Paulo Núncio, defendeu que "a única forma" de reverter "a liberalização da lei do aborto passa por um novo referendo".
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Política Aborto
O antigo presidente do Partido Social Democrata (PSD), Miguel Relvas, comentou as declarações do vice-presidente do CDS, Paulo Núncio, que defendeu um novo referendo sobre o aborto, considerando-as "um erro".
Apesar de considerar que Núncio é "uma pessoa sensata", Relvas salientou que estas declarações foram "um erro", no seu espaço de comentário da CNN Portugal.
"Em primeiro lugar porque é uma questão que não está dentro da campanha, depois a lei que hoje está em vigor é pacífica em Portugal e, desde o segundo referendo, que é consensual, não é uma questão de divisão na sociedade portuguesa. Acho que foi um erro e tem de ser visto neste plano", adiantou Miguel Relvas, considerando ainda que "Luís Montenegro esteve muito bem" e "foi muito claro" em explicar que este é um assunto "que não está em discussão".
O presidente do PSD assegurou ontem que a AD não vai mexer na lei do aborto na próxima legislatura, considerando que este é um assunto arrumado e que a posição de Paulo Núncio só a ele vincula.
De recordar que o candidato a deputado por Lisboa nas listas da Aliança Democrática (AD) às eleições legislativas de março considera que "a única forma revertermos a liberalização da lei do aborto passa por um novo referendo", avançou a Rádio Renascença.
Paulo Núncio mostrou-se a favor de iniciativas que possam "limitar o acesso ao aborto”, tais como taxas moderadoras, medida essa que chegou a ser implementada pelo governo PSD/CDS-PP, em 2015, mas acabou por ser revogada pela maioria parlamentar de Esquerda.
O vice-presidente do CDS-PP sublinhou ainda que no acordo político celebrado com a AD foi identificado como ponto essencial colocar a dignidade humana no centro e na prioridade da atividade política.
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