"Não podemos dar um salto no escuro, nem andar para trás. Os direitos fundamentais e as conquistas sociais nunca são perpétuos ou irreversíveis. Tudo aquilo que foi conquistado pode mesmo ser-nos retirado", lê-se no manifesto de apoio ao secretário-geral do PS.
Entre outras individualidades, subscrevem o documento, ao qual a agência Lusa teve acesso, Alice Vieira, Daniel Sampaio, Eduardo Barroso, Francisco Seixas da Costa, Graça Morais, Irene Pimentel, Joana Vasconcelos, Joshua Ruah, Laurent Filipe, Lena d'Água, Lito Vidigal, Manuela Machado, Maria de Medeiros, Maria do Céu Guerra e Miguel Lobo Antunes.
Na lista de subscritores estão também Richard Zimler, Rosa Mota, Rui Vieira Nery, Teresa Salgueiro, Tiago Guedes e Vital Moreira, para quem as próximas eleições se realizam "num tempo nacional, europeu e internacional marcado por graves perigos e ameaças, o que dá uma responsabilidade ainda maior às escolhas que se fizerem e às consequências delas no futuro individual e coletivo".
"Neste momento de uma grande exigência moral, cívica e política, os subscritores deste manifesto consideram ser seu dever expressar publicamente uma posição clara sobre o que está em causa nestas eleições. Na sua natural diversidade de opiniões, fazem-no por imperativo de consciência e com independência de juízo, mas assumindo consequentemente as suas convicções democráticas e a defesa do interesse nacional", justificam.
Durante os governos do PS liderados por António Costa, segundo os signatários do texto, "enfrentaram-se situações dramáticas, como a pandemia e os efeitos das guerras na economia, na vida das pessoas e no ambiente internacional".
"Tendo sucedido ao governo do PSD e do CDS, no período da troika, que impôs medidas de uma dureza social inédita, os governos do PS mudaram o clima político, que era de uma enorme tensão, fomentando a convivência cívica e a paz social, e inverteram as políticas de austeridade praticadas em nome de uma agressiva convicção ideológica neoliberal, repetidamente afirmada", defendem.
Os subscritores do manifesto consideram que "a mudança de rumo" com os governos do PS "garantiu avanços ao país que são hoje reconhecidos a nível nacional e internacional".
"Todas as alternativas de mudança, que agora se apresentam como possíveis, falham na resposta cabal e estrutural aos desafios que o país enfrenta. Em muitas áreas, e sobretudo nas mais decisivas para uma democracia como a nossa, representam mesmo um retrocesso. Não podemos, em consciência, permitir que inimigos da democracia e das nossas liberdades ponham em perigo o nosso futuro partilhado.
Por tudo isto, manifestamos, nas atuais circunstâncias, o nosso apoio ao PS e ao seu candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos", acrescenta-se no manifesto.
Leia Também: "As pessoas acreditam em nós e ninguém quer andar para trás"