"Certas forças políticas decidiram voltar a caminhos de retrocesso"

O conselheiro de Estado António Sampaio da Nóvoa afirmou hoje que a campanha para as legislativas tem mostrado "que certas forças políticas decidiram voltar a caminhos de grande retrocesso para o contrato social" e apelou a um reforço da esquerda.

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Lusa
02/03/2024 17:51 ‧ 02/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

"A campanha não tem sido boa, mas nos últimos dias tem sido esclarecedora. Porque partindo de uma ideia de moderação, parece que agora certas forças decidiram recuperar e decidiram voltar a caminhos de grande retrocesso para o contrato social de que falava o Rui Tavares. E isso tornou mais claro onde estão as forças da moderação e do progresso, do diálogo e de uma alternativa progressista para a sociedade portuguesa. É preciso juntar essas forças", apelou o candidato à Presidência da República em 2016.

Sampaio da Nóvoa falava aos jornalistas ao lado do porta-voz do Livre, Rui Tavares, no âmbito de uma ação de campanha deste partido em Algés, concelho de Oeiras.

O conselheiro de Estado insistiu na necessidade de juntar "forças da moderação e do progresso".

"Cada um à sua maneira, cada um no seu caminho, é preciso acrescentar, é preciso somar, é preciso juntar, em nome desse Portugal de futuro. A minha presença aqui tem esse significado", afirmou.

Questionado sobre se vê uma esquerda forte o suficiente para vencer as eleições legislativas antecipadas de dia 10, Sampaio da Nóvoa respondeu que "é preciso reforçar a esquerda".

Sobre se planeia estar presente em mais alguma campanha eleitoral, depois de ter estado numa ação esta semana na caravana da CDU (coligação que junta PCP e PEV), Sampaio da Nóvoa disse que sim, sem especificar qual.

Perante a insistência dos jornalistas sobre se se juntará à campanha do Partido Socialista, respondeu: "Estarei nos lugares em que eu sinta que a minha presença possa ter algum significado".

Interrogado sobre se está a participar em campanhas à esquerda na esperança de obter apoio para uma eventual recandidatura à Presidência da República, Sampaio da Nóvoa negou essa intenção.

"Não, neste momento, o essencial, com muita sinceridade, é tentar reforçar um património de valores e de princípios. E eu insisto: com muita moderação e muito diálogo. Nós não precisamos na sociedade portuguesa neste momento de nenhum tipo de radicalismos, precisamos de reforçar o campo democrático. E a minha presença tem esse significado e apenas esse", respondeu.

Já sobre se gostaria de ser ministro num governo à esquerda, foi categórico: "É uma coisa que nem me passa pela cabeça".

Sobre a corrida eleitoral que culmina com as eleições do dia 10, Sampaio da Nóvoa considerou que "têm faltado ideias construtivas para o futuro de Portugal", apesar de elogiar as propostas do Livre.

"Eu tenho muitas proximidades com o discurso do Rui Tavares, na maneira de pensar e de colocar os problemas e é por isso que estou aqui", justificou.

O professor catedrático apelou ao reforço do campo democrático "num momento em que está a haver uma viragem na política no mundo e uma viragem na política em Portugal também".

"Temos de fazer tudo o que pudermos, em todos os momentos, para termos estabilidade no nosso país. Espero, aliás, que todas as forças políticas democráticas, na sequência destas eleições, tenham esse sentido de responsabilidade e que se possa criar um caminho que seja de futuro para Portugal", afirmou.

Leia Também: AO MINUTO: Piropos à AD? Eles é que "apelaram a apoio em mim"

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