"Sim ao círculo de compensação para podermos ter mais representação no parlamento e fim do dia de reflexão", sintetizou o dirigente liberal no final de uma visita à linha da Beira Alta, em Viseu, encerrada devido a obras de modernização, depois de ter passado a manhã em Matosinhos, no distrito do Porto.
A título de exemplo, Rui Rocha disse que em Viseu, nas últimas eleições legislativas, um em cada cinco votos foram perdidos, o que significa que 20% dos votos não serviram para eleger um deputado.
"Temos o PSD e o PS a concordarem no diagnóstico de que há um problema de representação, mas quando chega ao momento, já lá vão três décadas, nunca permitiram que esse problema se resolvesse", sublinhou.
A criação de um círculo de compensação seria "uma forma de reforçar a participação de representar os portugueses", sublinhou.
Ainda em matéria de sistema eleitoral, o presidente da IL defendeu ainda o fim do dia de reflexão por não fazer sentido e estar ultrapassado pelo tempo.
Já quanto ao voto antecipado e em mobilidade para as eleições legislativas de dia 10, que levou hoje milhares de portugueses às urnas, o dirigente liberal considerou tratar-se de "uma excelente solução".
"Devemos lançar mão de todos os mecanismos possíveis para aumentar a participação eleitoral", frisou.
Já sobre a diminuição do número de inscritos comparativamente às últimas legislativas, Rui Rocha desvalorizou lembrando que, na ocasião, vivia-se uma pandemia.
"Essa comparação não é mesmo justa, vivíamos tempos excecionais e, portanto, havia muita gente a inscrever-se antecipadamente porque não queria perder a oportunidade de votar se, eventualmente, contraísse covid-19", argumentou.
O número total de eleitores que pediu para votar hoje, 208.007, é inferior ao das legislativas de 2022 (315.785 inscritos), mas muito superior aos inscritos nas legislativas de 2019 (56.291).
O chamado voto em mobilidade permite aos eleitores votarem uma semana antes num concelho à sua escolha. Se não o fizerem, podem fazê-lo no dia das eleições, ou seja, no dia 10.
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar na escolha de 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas - 15 partidos e três coligações.
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