Nova Direita acusa Montenegro e Ventura de "brincarem aos políticos"

A líder da Nova Direita, Ossanda Líber, acusou hoje os presidentes do PSD e do Chega de estarem a "brincar aos políticos", pedindo aos portugueses que deem "uma lição de humildade" à direita que tenta "manter o eleitorado na incerteza".

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Lusa
06/03/2024 17:04 ‧ 06/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

"Nós estamos a pedir ao eleitorado, também para dar uma lição de humildade a estes líderes que estão a brincar aos políticos, que seja importante votar na Nova Direita, porque, de certeza absoluta, nós seremos o adulto. Vamos dizer para mediar essa situação e ajudar a viabilizar uma solução governativa à direita", disse aos jornalistas a cabeça de lista às legislativas por Lisboa.

Ossanda Líber comentava junto à Basílica da Estrela, em Lisboa, os supostos acordos pós-eleitorais à direita, na sequência de novas declarações do líder do Chega, André Ventura, na terça-feira, com o líder da Aliança Democrática (AD), Luís Montenegro, a garantir que não participava nesse "recreio".

"Eu não tenho quase dúvida nenhuma de que vai sair um Governo de direita no próximo domingo. A questão é quanto tempo vai durar, que condições que tem para governar, e é por isso que é tão importante o voto na Nova Direita", realçou.

Para Ossanda Líber, a Nova Direita tem atraído eleitorado que não se identifica com a AD e com o Chega, porque que vem "preencher o fosso ideológico que separa estes dois partidos".

"Nós pensamos estar em condições no domingo ou, em todo o caso, na segunda-feira de manhã, para contribuir para esta solução. E também pelo facto de que, neste momento, já estão instalados compromissos mediáticos. O líder do PSD já assumiu uma posição firme relativamente à inviabilidade de um Governo com o Chega. Tenho dúvidas de que ele vá contrariar isso. Seria demasiado grave, o que o deixa muito sem opções. Quer dizer. Ou está a Nova Direita para resolver isso (...) ou vamos deixar o PSD nas mãos do PS, o que seria demasiado grave", precisou.

De acordo com a presidente do Nova Direita, nenhum dos dois líderes está à altura do momento.

"Estamos a ver o espetáculo. É fácil chegar a essa conclusão. O que vai sair daí? Vai haver votos para a AD, para o Chega e para a Nova Direita. Quantos [votos] para a Nova Direita? Não sabemos. Provavelmente estaremos na Assembleia da República e, portanto, temos de dialogar com a escolha dos portugueses, referiu.

Questionada sobre a vontade de Chega e AD dialogarem com o seu partido, Ossanda Líber disse que nunca ouviu "falar em linhas vermelhas" contra a Nova Direita.

"Eu não vejo motivo nenhum para que se definam linhas vermelhas contra um partido como o Nova Direita, a não ser que seja por medo, porque também temos detetado muitas situações de medo e receio de serem eventualmente ultrapassados. (...) Nós não estamos aqui como acontece, por exemplo, com o Chega, com aquela necessidade louca de estar no poder. Nós temos uma proposta para o país", acrescentou.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.

A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

Leia Também: Para Rio só há duas opções de voto: para quem está bem e quem quer mudar

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