Silêncio após demissão de António Costa? É "um abuso de poder" do MP
Vital Moreira assinalou os quatro meses passados desde 7 de novembro, dia em que Costa se demitiu. "Nestes quatro meses, Costa não foi ouvido pelo MP nem lhe foi dada nenhuma informação sobre o processo", afirmou.
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Política Vital Moreira
O antigo eurodeputado Vital Moreira acusou, na quinta-feira, o Ministério Público (MP) de "um inqualificável abuso de poder" devido ao silêncio após o comunicado da Procuradoria Geral da República (PGR) que levou à demissão do primeiro-ministro, António Costa.
No blogue Nossa Causa, Vital Moreira assinalou os quatro meses passados desde 7 de novembro, dia em que Costa se demitiu. "Nestes quatro meses, Costa não foi ouvido pelo MP nem lhe foi dada nenhuma informação sobre o processo, nem sequer sobre o crime de que é alegadamente suspeito", escreveu o constitucionalista.
"Este longo silêncio do MP constitui manifestamente um inqualificável abuso de poder", considerou o antigo eurodeputado. Vital Moreira afirmou ainda que António Costa tem sido mantido "indefinidamente em suspenso quanto à sua vida pessoal, profissional e política, como refém político do Ministério Público".
Vital Moreira destacou ainda a capa do semanário europeu Politico, que questionava se o primeiro-ministro português terá tempo de limpar o nome para se tornar presidente do Conselho Europeu. O antigo eurodeputado não tem dúvidas e garante que "pelos vistos, o o MP não poupa esforços para impedir esse desenlace".
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