"A todos é exigido que deem ao país condições de governabilidade"

O presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu hoje que todos os partidos com assento no parlamento têm o dever de assegurar condições de governabilidade ao Governo que pretende formar na sequência das legislativas de domingo.

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Lusa
11/03/2024 01:40 ‧ 11/03/2024 por Lusa

Política

Eleições

"A todos é exigido que deem ao país condições de estabilidade e de governabilidade. Não me eximo à principal responsabilidade, que será minha, mas é preciso também exigir aos outros que cumpram aquilo que foi a palavra do povo português", declarou Luís Montenegro, no hotel de Lisboa onde decorreu a noite eleitoral da Aliança Democrática (AD) coligação entre PSD, CDS-PP e PM.

Segundo o presidente do PSD, que falou perto da uma da madrugada, nessa altura os dados provisórios destas eleições já permitiam concluir que "quem viabilizou a possibilidade de haver um Governo novo liderado pela AD foram os portugueses com o seu voto".

"Isso é o essencial para termos Governo. Mas para termos governabilidade e estabilidade há que apelar ao sentido de responsabilidade de todos quantos se vão sentar na Assembleia da República em representação do povo português", acrescentou.

Luís Montenegro fez um discurso de cerca de 15 minutos, após o qual respondeu somente a cinco perguntas de seis previamente sorteadas entre canais de televisão e rádios.

O presidente do PSD considerou que nestas legislativas antecipadas os portugueses deram um sinal de que "os partidos políticos, nomeadamente aqueles que têm representação parlamentar, devem privilegiar mais o diálogo entre líderes e entre partidos".

No seu entender, "o desafio é grande" e "vai exigir grande sentido de responsabilidade a todos", e da sua parte em especial e da AD terá de haver "grande capacidade de diálogo e tolerância democrática".

"Mas em respeito pela vontade livre do povo português, nós temos de dar ao país novas políticas e cumprir o programa, a base do programa que foi hoje sufragado", sustentou.

Luís Montenegro argumentou que a estabilidade é importante não só para segurança dos portugueses, mas também como sinal para o exterior.

"É com elevado sentido de responsabilidade que irei naturalmente ao senhor Presidente da República dar nota da nossa predisposição para governar com a representação que o povo português nos confiou. Da nossa parte, não falharemos a Portugal. Da nossa parte não vamos virar as costas às portuguesas e aos portugueses", afirmou.

Sobre o programa da AD, o presidente do PSD salientou que a coligação se propõe "diminuir a carga fiscal" e acredita que é possível colocar a economia portuguesa a "crescer mais", fazer com que haja "melhores salários" e com que "os jovens não tenham de emigrar como tem acontecido nos últimos anos".

Luís Montenegro destacou os compromissos de "implementar um programa de emergência na área da saúde nos primeiros 60 dias do Governo" e de "dar estabilidade à escola pública", com "mais exigência e qualidade". Na habitação, a AD pretende travar o aumento de preços e melhorar o acesso com "mais oferta, do lado público e do lado privado".

A AD tenciona "dar às forças de segurança melhores condições de trabalho e de remuneração", acredita que "é possível mudar o sistema de justiça e combater de reforma mais eficaz a corrupção" e que "é possível restabelecer o prestígio das instituições portuguesas", completou.

[Notícia atualizada às 02h47]

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