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IL e PSD? "Não faz sentido enquanto resultados não estiverem apurados"

O líder da Iniciativa Liberal recordou que "há ainda que averiguar o resultado final".

IL e PSD? "Não faz sentido enquanto resultados não estiverem apurados"
Notícias ao Minuto

20:38 - 15/03/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Política Eleições

O líder da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, reiterou, esta sexta-feira, que o "cenário de base" que, neste momento, prima no partido é o de integrar a Assembleia da República e de apresentar as suas "propostas e visão para o país de uma forma responsável", por forma a contribuir "para a mudança que os portugueses quiseram".

"A posição da IL é clara e foi isso que transmitimos ao senhor Presidente da República. Como tenho dito, o cenário de base em que nos movemos neste momento é o de estarmos no Parlamento, apresentando as nossas propostas e a nossa visão para o país de uma forma responsável, construtiva e contribuindo para a mudança que, parece-me evidente, os portugueses quiseram, para um país diferente", começou por dizer o responsável, à saída da reunião com Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.

Ainda assim, Rui Rocha não deixou de ressalvar que o partido está, "obviamente, disponível para avaliar outros cenários", ao mesmo tempo que indicou que, na sua ótica, "não faz sentido ter este tipo de conversas enquanto os cenários não estiverem clarificados".

"Estamos ainda num momento em que os votos não estão todos contados; há ainda que averiguar qual é o resultado final destas eleições. Respeitando até essa contagem de votos, sobre a nossa mesa é essa situação: caso a caso, peça a peça, momento a momento, orçamento a orçamento. Se, em virtude dos resultados que vierem a ser apurados, houver da parte do partido vencedor das eleições outro tipo de análise que possa implicar outro tipo de solução mais estrutural, nós cá estaremos para o ouvir", complementou.

O líder da IL apelou, nessa linha, a que se aguarde, tendo indicado que o Partido Social Democrata (PSD) e a Aliança Democrática (AD) "avaliarão seguramente os cenários em que se movem".

"Estamos onde sempre estivemos, com sentido de responsabilidade, contribuindo para as soluções. Parece-nos que, neste momento, a solução mais óbvia para a qual podemos contribuir é com essa presença no Parlamento, analisando caso a caso", disse, revelando ter conversado com Luís Montenegro na noite eleitoral.

Recorde-se que o Presidente da República começou na terça-feira a ouvir os partidos e coligações que elegeram deputados nas eleições de domingo, um processo de auscultação que se iniciou com o PAN e terminará no dia 20 com a AD.

Marcelo Rebelo de Sousa ouviu na quarta-feira o Livre, na quinta-feira a coligação CDU (PCP/PEV) e, esta sexta-feira, o Bloco de Esquerda e a Iniciativa Liberal. Na próxima semana, será a vez de ouvir no dia 18 o Chega, no dia 19 o PS e no dia 20 a Aliança Democrática (AD), coligação que juntou o PSD, o CDS-PP e PPM.

O objetivo do chefe de Estado é ouvir todos os partidos e coligações que estarão representados na Assembleia da República, tendo em conta os resultados provisórios anunciados pelo Ministério da Administração Interna e sem prejuízo dos círculos que ainda falta apurar.

Falta ainda contabilizar os resultados dos dois círculos da emigração - da Europa e de Fora da Europa - que elegem cada um dois deputados, o que deve acontecer no mesmo dia em que será ouvida a AD.

De acordo com os resultados provisórios, a AD, que concorreu no continente e nos Açores, obteve 1.757.879 votos, 28,63% do total, e elegeu 76 deputados.

Somando a estes resultados os três eleitos e 52.992 votos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 1.810.871 votos, 29,49% do total, e 79 mandatos - 77 do PSD e 2 do CDS-PP. O PS obteve 1.759.937 votos, 28,66%, e elegeu 77 deputados.

O artigo 187.ª da Constituição da República Portuguesa estabelece que "o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

Na noite eleitoral, o presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou ter a "expectativa fundada" de que o Presidente da República o indigite como primeiro-ministro para formar Governo, tendo em conta os resultados das legislativas antecipadas.

[Notícia atualizada às 20h49]

Leia Também: Com votos por contar, IL vai ver "caso a caso", mas "não exclui" cenários

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