PCP recusa contribuir para "folhetins" mas não revela voto na Assembleia
A líder parlamentar do PCP afirmou hoje que o seu partido não vai contribuir para "folhetins políticos", mas recusou revelar o seu sentido de voto na eleição para a presidência da Assembleia da República.
© Global Imagens
Política Paula Santos
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, Paula Santos manifestou preocupação com a situação envolvendo a eleição para a presidência da Assembleia da República, qualificando-a como "insólita e inusitada", "até tendo em conta que tinha sido anunciado publicamente um acordo entre o PSD e o Chega".
Paula Santos sublinhou que o resultado das votações "desmente esse acordo" e revela "o grau de seriedade e de confiança" de quem assim age.
A líder parlamentar comunista sublinhou que o PCP vai marcar a sua "posição com institucionalidade, com seriedade e com frontalidade" e pediu que se "encontre uma solução para que seja eleito um presidente da Assembleia da República".
"Em nada contribuiremos para folhetins políticos que em nada também contribuem para a resolução dos problemas com que as pessoas no nosso país estão confrontadas", disse, salientando que estão em cima da mesa três candidaturas e questionando se "esse é o caminho e o processo para encontrar a solução que é necessário".
"Não querendo estar a antecipar qual vai ser o resultado das votações, mas dificilmente sairá daqui uma candidatura com maioria absoluta dos votos", afirmou.
Questionada se o PCP pretende aprovar o nome do deputado do PS Francisco Assis para a presidência do parlamento, Paula Santos não respondeu, salientando que o PCP não acompanha o processo tal como ele está a ser seguido, e agirá de "forma séria e responsável".
Já questionada se o PCP considera que deveria ser encontrado um nome consensual, Paula Santos respondeu: "Não cabe ao PCP determinar essa solução, antes coubesse".
O deputado do PSD José Pedro Aguiar-Branco anunciou hoje que voltará a apresentar a sua candidatura a presidente da Assembleia da República, depois de esta ter sido retirada há cerca de uma hora.
O anúncio foi feito pelo antigo ministro da Defesa nos corredores do parlamento, após ter falhado a primeira eleição e quando foi decidido que a primeira sessão plenária da XVI legislatura vai ser hoje retomada pelas 21:00.
O PS deu conta entretanto que vai apresentar Francisco Assis para a presidência da Assembleia da República, depois de o PSD ter decidido iniciado retirado o nome de José Pedro Aguiar-Branco.
O Chega também decidiu entrar nesta corrida e vai indicar a deputada Manuela Tender para presidente da Assembleia da República.
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