A porta-voz do partido Pessoas - Animais - Natureza (PAN) defendeu, esta quinta-feira, que "a PGR deve explicações ao país", após os últimos desenvolvimentos relacionados com a Operação Influencer, que levou à queda do último governo.
Na ótica de Inês Sousa Real, "não podemos aceitar que se dissolva um Parlamento com base num erro de escrita".
"A PGR deve explicações ao país. Apesar de defendermos uma maior transparência em operações como a 'Operação Influencer' e de discordarmos desta opção política do anterior governo, num estado de direito não podemos aceitar que se dissolva um Parlamento com base num erro de escrita", escreveu a deputada única no X (antigo Twitter).
No dia seguinte a ser conhecido o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que rejeitou o recurso do Ministério Público (MP) no processo da Operação Influencer e decidiu reduzir as medidas de coação, Inês Sousa Real considerou que "não se pode aceitar que os processos se arrastem meses, sem qualquer constituição como arguidos e com julgamentos em praça pública, como temos visto noutros casos".
"A democracia tem saído a perder e têm ganho força partidos anti-direitos humanos", concluiu a deputada.
De igual modo não se pode aceitar que os processos se arrastem meses, sem qualquer constituição como arguidos e com julgamentos em praça pública, como temos visto noutros casos.
— Inês Sousa Real (@InesSousaReal) April 18, 2024
A democracia tem saído a perder e têm ganho força partidos anti-direitos humanos.
A Operação Influencer levou na altura à detenção de Vítor Escária (chefe de gabinete de António Costa), Diogo Lacerda Machado (consultor e amigo de António Costa), dos administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e do presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, que ficaram em liberdade após interrogatório judicial.
Existem ainda outros arguidos, incluindo o ex-ministro das Infraestruturas João Galamba, o ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira e a Start Campus.
O caso está relacionado com a produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e com o projeto de construção de um centro de dados (Data Center) na zona industrial e logística de Sines pela Start Campus.
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