Livre. Paupério quer dois eurodeputados eleitos e pede "coragem" à UE
O cabeça de lista do Livre às eleições europeias, Francisco Paupério, assumiu hoje como ambição do partido eleger dois eurodeputados e pediu coragem ao Parlamento Europeu na luta contra as alterações climáticas.
© Lusa
Política Europeias
"Somos o partido das utopias, mas esta é uma realidade. Nós todos - todas e todos juntos - da Costa de Caparica até Bruxelas, vamos conseguir uma delegação do Livre na Europa", disse o dirigente no 14º congresso do Livre, que termina hoje na Costa de Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal.
Para o candidato, "o tempo da coragem chegou".
"Chegou, porque temos hoje oportunidade de eleger para o Parlamento Europeu. Chegou, porque temos hoje o poder de contribuir para um Grupo Verde no Parlamento Europeu.", salientou.
Francisco Paupério adiantou que depois de hoje, com a aprovação do programa eleitoral, o Livre tem "um mandato para mudar a União Europeia".
"Hoje, mais do que nunca, é esta a coragem que falta ao Parlamento onde a defesa da ecologia está em perigo", frisou.
O candidato às europeias defendeu que a ecologia é o combate mais importante de hoje, que chega com décadas de atraso, e que as medidas já adotadas estão aquém das expetactivas e das metas desejadas, alertando ainda que "se depender das forças de direita, o parlamento esvaziará todas estas leis das suas ambições climáticas".
"Não é isto o que o Livre defende para a Europa! Precisamos de mais ambição, e precisamos dela para ontem! É por isto que propomos um novo Pacto Verde e Social, com milhares de milhões por ano, para investir em tudo o que faz diferença na vida das pessoas: transportes, energia renovável, indústria, emprego, habitação", enfatizou.
Até 2030, defendeu, é preciso mais coragem para assegurar que o progresso feito não é desvirtuado.
"Queremos o fim dos subsídios aos combustíveis fósseis até 2025! Queremos 100% energias renováveis até 2040! O Livre está pronto para este combate", disse elegendo também como objetivo lutar pela democracia que considera estar hoje em perigo na União Europeia.
Segundo o deputado, a democracia já não é garantida na União Europeia.
Francisco Paupério foi eleito nas primárias do partido com uma quantidade significativa de votos únicos de não militantes do partido, o que levou a Comissão Eleitoral a levantar dúvidas sobre uma eventual "viciação de resultados" na primeira volta e a propor que apenas militantes votassem na segunda volta -- algo que acabou por não acontecer.
O processo de primárias abertas para a escolha da lista candidata às europeias, nomeadamente a eleição do dirigente Francisco Paupério, gerou polémica e divergências internas, algo que já levou os dirigentes a admitir a necessidade de melhorar este processo único no panorama partidário português, sem abdicar do princípio de abertura à sociedade.
Filipa Pinto, também candidata do Livre às eleições europeias, em número dois na lista, abordou também o pacto verde na sua intervenção considerando que este não pode esperar mais.
"Precisamos que a hora do planeta seja a toda a hora", disse.
A candidata apontou ainda como bandeira a defesa dos migrantes considerando que não é aceitável que crianças morram a caminho da Europa.
"Não aceitamos que seja negado asilo a quem procura segurança", disse.
O combate à violência doméstica foi outro dos assuntos abordados por Filipa Pinto, defendendo que o Livre não aceita que as mulheres continuem a sofrer violações e violência doméstica dentro da União Europeia, um tema que deu origem a uma ovação da plateia.
[Notícia atualizada às 13h07]
Leia Também: Livre aprova Programa Eleitoral para as europeias
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com