"Portugal tem, infelizmente, pouco para oferecer do ponto de vista do apoio militar concreto, mas tem muito para oferecer do ponto de vista de apoio diplomático e político", afirmou João Cotrim de Figueiredo aos jornalistas à entrada para um almoço de campanha em Lisboa.
O candidato liberal, que no almoço se faz acompanhar do presidente do partido, Rui Rocha, assumiu que ainda não desistiu de tentar encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, na curta visita que ele faz hoje a Portugal, mas percebe os motivos invocados para esse encontro não poder acontecer.
"Os motivos que são invocados são motivos válidos, trata-se de uma visita curta e as fortes medidas de segurança pedem algumas soluções", salientou.
João Cotrim de Figueiredo adiantou que caso não consiga mesmo estar com Volodymyr Zelensky irá ligar-lhe diretamente para lhe transmitir toda a solidariedade.
O candidato liberal vincou que a IL "está com a Ucrânia sem `mas´ e sem `desde que´".
Na sua opinião, é à Ucrânia que compete decidir se está ou não está na NATO e se está ou não está na União Europeia.
"Só essa liberdade de continuar a escolher corresponde a uma vitória da Ucrânia, tudo o resto será insuficiente", entendeu.
O cabeça-de-lista da IL às eleições europeias considerou ainda que a visita do Presidente ucraniano a Portugal é uma "excelente ocasião" para os vários partidos políticos clarificarem a sua posição relativamente a este país.
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, realiza hoje à tarde uma visita a Portugal, em que será recebido pelo chefe de Estado e pelo primeiro-ministro e assinará de um acordo de cooperação bilateral para dez anos.
Segundo uma nota divulgada na segunda-feira pela Presidência da República Portuguesa e pelo gabinete do primeiro-ministro, trata-se de uma "visita de trabalho" com o objetivo de "aprofundar as excelentes relações entre os dois estados, com enfoque particular no reforço da cooperação no domínio da segurança e defesa".
Volodymyr Zelensky, que chega a Portugal depois de uma visita a Espanha e à Bélgica, terá primeiro um encontro na residência oficial do primeiro-ministro, Luís Montenegro, onde será assinado um acordo bilateral, e depois será recebido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém.
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