PAN propõe ouvir filho de Marcelo e Lacerda Sales no caso das gémeas

O PAN propôs hoje ouvir na comissão de inquérito ao caso das gémeas o filho do Presidente da República, Nuno Rebelo de Sousa, e o ex-secretário de Estado António Lacerda Sales, solicitando um depoimento escrito ao chefe de Estado.

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Lusa
28/05/2024 22:15 ‧ 28/05/2024 por Lusa

Política

Caso das gémeas

No pedido entregue à comissão parlamentar de inquérito, ao qual a agência Lusa teve acesso, o partido chama ainda o ex-presidente do conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) Daniel Ferro, o presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, o chefe da Casa Civil do Presidente da República, Frutuoso de Melo, e a assessora do Presidente da República para os assuntos sociais, Maria João Ruela. 

 O PAN, que está representado na comissão pela sua deputada única, Inês de Sousa Real, quer ouvir também a antiga secretária de Lacerda Sales, Carla Silva, e o ex-chefe de gabinete do antigo secretário de Estado da Saúde.

Sobre o depoimento escrito de Marcelo Rebelo de Sousa, o partido esclarece que as "perguntas deverão ser previamente fixadas pela presente comissão parlamentar de inquérito".

"Vem ainda o PAN propor, que seja requerido o registo de contactos e reuniões do antigo Secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, na secretaria de Estado", acrescenta.

A comissão parlamentar de inquérito reúne-se na quarta-feira para, entre outros assuntos, nomear o deputado relator, apreciar e votar projeto de regulamento, apreciar e votar grelha de tempos e fixar metodologia de funcionamento.

Em causa está o tratamento, em 2020, de duas gémeas residentes no Brasil que adquiriram nacionalidade portuguesa, com o medicamento Zolgensma. Com um custo total de quatro milhões de euros (dois milhões de euros por pessoa), este fármaco tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal, uma doença neurodegenerativa.

O caso foi divulgado pela TVI, em novembro passado, e está ainda a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e a IGAS já concluiu que o acesso à consulta de neuropediatria destas crianças foi ilegal.

Também uma auditoria interna do Hospital Santa Maria concluiu que a marcação de uma primeira consulta hospitalar pela Secretaria de Estado da Saúde foi a única exceção ao cumprimento das regras neste caso.

Leia Também: Caso gémeas: CDS quer ouvir ex-ministros Marta Temido e Manuel Pizarro

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