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Gémeas. MAS acusa Marcelo de falar de imigração para desviar atenções

O cabeça de lista do Movimento Alternativa Socialista (MAS) às europeias, Gil Garcia, acusou hoje o Presidente da República de falar sobre imigração para "desviar atenções" do caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma.

Gémeas. MAS acusa Marcelo de falar de imigração para desviar atenções
Notícias ao Minuto

21:15 - 01/06/24 por Lusa

Política Europeias

Em declarações à agência Lusa à margem de um jantar com militantes lisboetas do MAS, Gil Garcia defendeu que Marcelo Rebelo de Sousa devia ter-se demitido na sequência deste caso, sobre o qual ainda "tem de responder perante o país".

O líder do MAS argumentou que o Presidente "não anda a falar de outras coisas para ver se a gente se esquece do caso das gémeas luso-brasileiras".

"Toda a gente sabe que foi a partir de uma cunha colocada por ele que pôs em movimento toda uma cadeia que levou a que aquelas duas gémeas, mais a respetiva família, fossem recebidas aqui de avião, rapidamente atendidas, introduzidas no SNS, coisa que até nem um português, já não falo de um imigrante, consegue fazer", acrescentou.

Sobre a campanha do partido, Gil Garcia fez um balanço positivo, principalmente pela mensagem "muito particular" do MAS de denúncia dos "privilégios e mordomias dos deputados europeus (...) que têm um bolo à disposição de 40 mil euros mensais".

Este valor, disse, engloba, além do salário de eurodeputado, outros benefícios como cinco mil euros "para supostamente comprar clips, elásticos, eventualmente um computador", "cinco a sete mil euros se conseguir estar presente nas sessões do Parlamento Europeu" e "praticamente 30 mil euros mensais para assistentes".

O candidato do MAS prometeu apresentar uma proposta, no caso de ser eleito, o corte para metade destes benefícios e antecipou já que os restantes eurodeputados se oporão a essa medida por quererem "manter esses privilégios".

Por isso, explicou, se conseguir um lugar no Parlamento Europeu vai permitir a monitorização, por parte dos jornalistas, do salário, vai criar bolsas de estudo destinadas a estudantes carenciados e ajudar a financiar fundos de greves. 

"Todos os que precisarem podem contar comigo com essas verbas exorbitantes que são pagas aos deputados europeus. Porque eu entendo que um deputado nacional ou europeu tem de cumprir uma função pública, não tem de transformar aquilo numa carreira política", frisou.

O líder do MAS reconheceu as dificuldades do partido conseguir eleger um eurodeputado nestas europeias, por se tratar de uma força política "muito desconhecida", mas sublinhou que "às vezes há surpresas".

"Se elegermos um deputado iremos cumprir o mandado. Se não elegermos, teremos que ir para a próxima e para as eleições relativas, porque este Governo da direita provavelmente não vai demorar uma legislatura inteira", concluiu.

Leia Também: Lacerda Sales ouvido na CPI na quinta-feira sobre caso das gémeas

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