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Chumbo da redução do IRS? "Precisamos de um Governo que dialogue mais"

A nova tabela de taxas dos escalões do IRS propostas pelo PSD e CDS-PP foi chumbada no Parlamento e considerada "injusta" pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos.

Chumbo da redução do IRS? "Precisamos de um Governo que dialogue mais"
Notícias ao Minuto

11:34 - 05/06/24 por Joana Duarte

Política Pedro Nuno Santos

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, afirmou, esta quarta-feira, que o chumbo das proposta do PSD e CDS-PP para uma redução das taxas do IRS mostra que "precisamos de ter um Governo que dialogue mais, que negocie mais". Pedro Nuno considerou ainda que a proposta do Executivo era "injusta" e negou qualquer entendimento com o Chega.

"A proposta do PSD era como se fosse um bolo. Metade era como se fosse entregue a uma pessoa e a outra metade aos outros nove. Era uma proposta injusta e não podia ter o nosso apoio", afirmou em declarações aos jornalistas durante uma ação de campanha para as eleições europeias em Bragança. 

O socialista negou qualquer entendimento com o Chega, depois de o PSD ter dito que havia uma nova aliança entre os dois partidos. "Nós não andamos a negociar com o Chega. Era importante pararmos com isso e não dar importância a esse argumento", afirmou Pedro Nuno Santos. 

O líder dos socialistas realçou que o "Chega absteve-se nas propostas do PSD e nas propostas do PS". Já a Iniciativa Liberal (IL) "votou a favor das propostas do PSD e e a favor das propostas do Partido Socialista". "Não determinamos o sentido de voto das outras bancadas", disse.

"O Governo ainda não percebeu e não quer admitir que tem um número de deputados igual ao do Partido Socialista e tem de haver cedência", considerou. 

Questionado sobre o facto de o Governo estar a negociar com propostas do PS, Pedro Nuno Santos disse que esse era um raciocínio que não fazia já que quem  "vai beneficiar delas [propostas] é o povo português". "O Partido Socialista tem apresentado propostas no Parlamento e felizmente elas têm passado", disse. 

Pedro Nuno acusou ainda o Governo de aprovar propostas "umas atrás das outras sem apresentar ao país o custo orçamental das mesmas, o que é estranho". "Cada vez que nós apresentámos uma proposta, cai-nos toda a gente em cima, a exigir o custo das nossas medidas, e não o fazem ao Governo", questionou.

O socialista acusou também o Governo estar em campanha eleitoral, servindo-se da posição que tem na máquina do Estado. "Eu fiz parte de um Governo que tinha um primeiro-ministro que era muito rigoroso. Cada campanha que tínhamos, a nossa atividade estava altamente limitada, porque os Governos do Partido Socialista tinham um profundo respeito pelos momentos democráticos", sustentou.

Pedro Nuno Santos realçou ainda que com o Governo liderado por Montenegro existe "um sentimento de profunda impunidade".

De salientar que os votos contra do PS, PCP, BE e Livre e a abstenção do Chega ditaram esta quarta-feira o chumbo da nova tabela de taxas dos escalões do IRS propostas pelo PSD e CDS-PP.

Em causa está a votação na especialidade do texto de substituição à proposta de redução de taxas inicialmente enviada ao parlamento pelo Governo.

[Notícia atualizada às 13h24]

Leia Também: Oposição chumba redução das taxas do IRS propostas pelo PSD e CDS-PP

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