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Ventura responde a 'Cheringonça': "Governo devia chorar menos"

 O líder do Chega aconselhou hoje ao Governo "chorar menos e governar mais" e justificou a viabilização da proposta do PS sobre IRS por querer baixar impostos às pessoas, "independentemente de ser o partido A ou partido B".

Ventura responde a 'Cheringonça': "Governo devia chorar menos"
Notícias ao Minuto

14:07 - 05/06/24 por Lusa

Política IRS

Sobre as críticas do PSD e do CDS-PP, que acusaram o Chega de ser "muleta" do PS no parlamento e de estar a formar-se uma "Cheringonça", André Ventura considerou tratar-se de "choradeira" destes dois partidos.

"O Governo devia chorar menos e governar mais, porque era assim que tínhamos evitado esta situação toda", defendeu.

André Ventura falava aos jornalistas à margem de uma ação de campanha para as eleições europeias, em Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro).

"Nós sempre fizemos política desta forma, é independentemente de ser o partido A ou o partido B, nós queremos é baixar os impostos às pessoas. [...] É assim na política, nós queremos propostas que beneficiem os portugueses, venham do PS, da Iniciativa Liberal, ou do PSD", sustentou.

O presidente do Chega indicou que o seu partido olha "para as propostas e não para os parceiros" e vota "pelas pessoas", afirmando que "a única aliança que há" é "com os portugueses, que querem pagar menos impostos".

"É isso que a gente vai fazer sempre que estiver em causa descer impostos para os portugueses. Portanto, se ficar o Chega responsável por descer o IRS em Portugal não é nada que eu me envergonhe, é alguma coisa que eu me orgulho", afirmou.

Mas também disse que "não foi o Chega que votou a favor da proposta do PS, foi a IL e foi a extrema-esquerda". Questionado porque também não votou a favor da iniciativa do PS, Ventura disse que pretendia "um alívio ainda maior na carga fiscal".

André Ventura classificou a proposta de PSD e CDS-PP como "anacrónica" e defendeu que foi o Chega que "permitiu que haja um desconto real, e não os dois cafés, ou os três cafés que a AD queria dar".

O líder alegou igualmente que o Chega é o "grande responsável pela descida dos impostos em Portugal".

"Foi o Chega, e não o PS, porque o PS veio depois atrás do Chega, que propôs aumentar o mínimo de existência, ou seja, que ninguém pague impostos basicamente, até aos mil euros. E foi atrás de nós que o PS veio para garantir que até aos 900 euros, no caso do PS, ninguém pagaria esse IRS", sustentou.

André Ventura aproveitou também para deixar um recado ao Governo: "Se governarem bem, se governarem como prometeram, para as pessoas, a baixar impostos, a cortar naquilo que as pessoas hoje gastam em despesas sociais, médicas, na mobilidade, se fizerem isso, cá estaremos".

O presidente do Chega considerou ainda que agora começa "um novo trabalho" para "chegar ao orçamento do Estado para 2025 e ter uma proposta verdadeiramente ambiciosa na descida fiscal de IRS, de IRC e de IMI para os portugueses".

"Para não acontecer o mesmo e o Governo ficar com este embaraço na mão, o que nós sugerimos ao Governo é que comece já a trabalhar para o Orçamento do Estado no verdadeiro choque fiscal. É descer o IRS efetivamente, numa escala de perto de 100Euro de poupança por mês, a quem ganha entre 2.000 e 3.000 euros", defendeu.

André Ventura disse também que "o Chega tinha a sua própria proposta, que os outros partidos chumbaram". No entanto, o partido nem levou a sua proposta a votos. Questionado mais à frente sobre esta questão, disse que o partido "já tinha a informação de que ia ser chumbada".

A proposta de nova tabela de taxas dos escalões do IRS do PSD e CDS-PP foi rejeitada em sede de comissão por PS, PCP, BE e Livre, com a abstenção do Chega.

Em contrapartida, na Comissão de Orçamento e Finanças foi a aprovada a proposta do PS sobre redução das taxas do IRS até ao 6.º escalão, mas, ao contrário do PSD e CDS, mantendo as taxas dos escalões seguintes.

A nova tabela de taxas foi aprovada com os votos contra do PSD e do CDS-PP, a abstenção do Chega e o voto favorável dos restantes partidos.

[Notícia atualizada às 15h20]

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