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Dois eurodeputados da CDU "fizeram mais" pelo país do que todos os outros

O cabeça de lista da CDU às europeias defendeu hoje que os dois eurodeputados da coligação "fizeram mais" pelo país do que todos os outros e o secretário-geral do PCP desafiou a comunicação social a fazer a comparação.

Dois eurodeputados da CDU "fizeram mais" pelo país do que todos os outros
Notícias ao Minuto

00:05 - 06/06/24 por Lusa

Política Europeias

Num discurso num comício em Braga, João Oliveira voltou a fazer um forte apelo ao voto na CDU, pedindo que se questione quem votou em outras forças políticas nas últimas eleições europeias, em 2019, "de que lhes valeu o seu voto".

Entre as várias críticas que fez, o candidato da CDU defendeu que esses partidos aceitaram as regras do mercado único e da política comercial que "conduziram à liquidação integral de setores produtivos nacionais", além de acompanharem "as políticas da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE) de contenção dos salários".

"E perguntando a cada um de que é que lhe valeram esses deputados que, lá no Parlamento Europeu, fizeram exatamente o contrário do que disseram aqui, devemos perguntar-lhes de que é lhes vai valer o mesmo erro de votarem nos mesmos partidos", disse.

João Oliveira defendeu que, ao contrário desses outros partidos políticos, o trabalho desenvolvido pela CDU "mostra valem mais dois deputados da CDU do que sete ou oito deputados de cada um desses partidos".

"Porque dois deputados da CDU nos últimos cinco anos fizeram mais pelo povo e pelo país do que todos os outros eleitos pelos outros partidos", sustentou.

Esta ideia foi também defendida pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que discursou depois de João Oliveira, e defendeu que os restantes partidos não querem falar "do que andaram a fazer" em Estrasburgo.

Neste ponto, o líder do PCP desafiou a comunicação social a fazer uma comparação daquilo que foi feito pelos dois eurodeputados da CDU "e o conjunto de todos os outros deputados".

"Se o fizerem, certamente não será até domingo que apresentação os resultados. Apresentem na segunda, na terça, na quarta. Opá, apresentem depois do São João, não interessa, mas apresentem por favor essa comparação. Aqui estamos, sem medo nenhum", disse.

Para Paulo Raimundo, sem a CDU, Portugal deixaria de ter "quem, no Parlamento Europeu, se levantasse pelos direitos dos trabalhadores, do povo e do país".

"Não podemos deixar que essa voz, essa coragem e determinação, não podemos deixar à vontade dos outros se estará ou não estará no Parlamento Europeu. Sabemos bem que esse é o sonho de alguns, mas não é essa a necessidade de todos aqueles que cá vivem e trabalham", disse.

Neste discurso, o secretário-geral do PCP voltou a insistir na ideia de que a CDU não é contra a Europa, mas que a pretende salvar, designadamente das injustiças e das desigualdades, e defendeu que "era só o que faltava virem dizer que se pode falar de tudo da Europa menos dos problemas de Portugal".

"Nós queremos salvar a Europa, mas atenção: Portugal ainda faz parte da Europa. E, portanto, se há problemas em Portugal, quer dizer que há problemas na Europa", afirmou.

O líder do PCP disse perceber que há quem queira "falar de tricas, de assuntos lá muito por cima, de falar das chamadas políticas europeias, das transições disto e daquilo, dos grandes desafios da Europa", mas acrescentou que esses "grandes desafios" são temas como os salários, as reformas, o acesso à saúde ou a paz.

"É disso que eles não querem falar porque têm o rabo apertado", acusou.

No início deste comício, o presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes, anunciou que vai votar na CDU nestas eleições, salientando que estas europeias vão ser "uma das eleições mais expressivas de sempre" e que é necessário reforçar quem tem "um compromisso com a liberdade", perante uma "ofensiva do ódio".

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