Ursula von der Leyen chega hoje ao início da tarde ao Porto e, segundo fonte do Partido Popular Europeu (PPE), vai reunir-se no Palácio da Bolsa, pelas 17h15, com o primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, antes de entrar na campanha da AD.
Depois, segue-se uma arruada na rua de Santa Catarina, a começar pelas 18h00, na qual participa Ursula von der Leyen, Luís Montenegro e também o cabeça de lista da AD às eleições europeias, Sebastião Bugalho.
A terminar, realiza-se um comício na Praça D. João I.
A participação de Ursula von der Leyen na campanha da AD acontece no dia em que arranca na União Europeia (UE) a votação para as eleições europeias e três dias antes do sufrágio em Portugal.
Cerca de 400 milhões de eleitores são chamados a escolher os 720 deputados ao Parlamento Europeu, nas eleições que decorrem nos 27 Estados-membros da União Europeia. Portugal vai eleger 21 eurodeputados no próximo domingo.
A deslocação a Portugal surge a convite da AD - a coligação eleitoral formada pelo PPD/PSD, CDS e PPM -, depois de Ursula von der Leyen ter estado em campanha a países como Grécia, Alemanha, Polónia, Croácia, Dinamarca, Espanha, Suécia e Finlândia.
Antes de votar na Alemanha, no domingo, Ursula von der Leyen ainda se desloca à Áustria.
Aos 65 anos, a antiga ministra alemã da Defesa é a cabeça de lista ('spitzenkandidat') do PPE à liderança do executivo comunitário, após ter vindo a presidir à instituição desde 2019, num mandato pautado pela saída do Reino Unido da União Europeia, pelo combate à pandemia de covid-19, pelo apoio à Ucrânia face à invasão russa e, mais recentemente, pelo acentuar das tensões geopolíticas no Médio Oriente dado o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas.
Além de críticas à sua posição pró-Israel no conflito do Médio Oriente, a campanha de Von der Leyen tem sido também marcada pela sua recente abertura a dialogar com os conservadores com a vista a ter apoio suficiente para ser eleita.
Ursula von der Leyen tem vindo a garantir que só se irá coligar a grupos parlamentares que sejam europeístas, apoiem a defesa da Ucrânia face à invasão russa e recusem alianças com o Presidente russo, Vladimir Putin, e ainda que respeitem o Estado de direito da UE.
É o Parlamento Europeu que tem de aprovar, após proposta do Conselho Europeu, o novo presidente da Comissão por maioria absoluta (metade de todos os eurodeputados mais um), com Ursula von der Leyen a ter de obter 'luz verde' de pelo menos 361 parlamentares (num total de 720 lugares).
Enquanto primeira mulher na presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen foi aprovada pelo Parlamento Europeu em julho de 2019 com 383 votos a favor, 327 contra e 22 abstenções, numa votação renhida.
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