Europeias. IL apostada em eleger pela 1.ª vez para o Parlamento Europeu
A Iniciativa Liberal quer eleger pela primeira vez deputados ao Parlamento Europeu e por isso centrou a campanha nos apelos aos indecisos e desiludidos para votarem "no único projeto capaz de fazer crescer a Europa".
© Reinaldo Rodrigues/ Global Imagens
Política Europeias
O cabeça de lista da IL às eleições europeias, João Cotrim de Figueiredo, que foi o primeiro deputado eleito da IL na Assembleia da República, em 2019, quer repetir o feito, mas desta vez no Parlamento Europeu.
Traçando a abstenção como o seu grande adversário, o candidato da IL assumiu, desde o início, o objetivo de eleger um eurodeputado no dia 09 de junho, mas na segunda semana foi mais longe e admitiu a possibilidade de eleger dois.
Num apelo diário aos eleitores, nomeadamente indecisos, zangados e desiludidos, para não desvalorizarem as eleições europeias, Cotrim de Figueiredo repetiu que a IL é o único partido que tem uma visão integrada, global e completa da Europa e o projeto mais consistente.
A esta mensagem juntou ainda a de que a IL só quer que a Europa cresça e que seja um espaço de liberdade, de paz e de prosperidade, não se apresentando a eleições para fazer política nacional à custa das políticas europeias.
Falando no projeto europeu como "algo grandioso" no qual tem uma "fé enorme", Cotrim de Figueiredo insistiu que o crescimento económico é a solução para uma Europa sem corrupção, sem compadrios e transparente na atribuição de fundos.
Diariamente, Cotrim de Figueiredo foi apontando o crescimento económico como condição essencial para a Europa responder aos novos desafios do alargamento, da adaptação às novas tecnologias e à mudança das fontes de energia para dar maiores e melhores oportunidades às pessoas.
E deixou a cada empresa que visitou uma garantia: "Com a IL os empresários não serão o parente pobre".
Na campanha, a Ucrânia também foi tema e suscitou, entre Cotrim de Figueiredo e Catarina Martins, cabeça de lista do BE, uma troca de acusações durante alguns dias.
O liberal, que manifestou total apoio à luta dos ucranianos, criticou Catarina Martins por apoiar aquele país, mas com condições.
Essas críticas estenderam-se, mas por motivos diferentes à AD, designadamente a Sebastião Bugalho, que Cotrim de Figueiredo acusou de não saber o suficiente de economia, a Marta Temido, do PS, que considerou ser uma "fonte de banalidades", e ao Chega, cuja candidatura é encabeçada por Tânger-Corrêa, de ser um partido de "galifões".
Cotrim de Figueiredo frisou, em comícios, feiras, empresas e associações desportivas, que quer ir para o Parlamento Europeu trabalhar e "não para falar, protestar ou berrar mais alto do que os outros".
Além do crescimento económico, Ucrânia, apelo ao voto e críticas à oposição, as migrações também dominaram o debate com a IL a dizer que "Portugal precisa de imigrantes".
As últimas europeias, em 2019, foram o primeiro ato eleitoral a que a IL se apresentou (depois da fundação em 2017), tendo conseguido menos de 30.000 votos (0,88% do total).
Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.
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